FAO no Brasil

Nova exposição do Museu do Amanhã discute alimentação do futuro

12/04/2019

Rio de Janeiro - Questionando o público brasileiro sobre como vamos alimentar a população do futuro, a exposição Prato do Mundo, no Museu do Amanhã, abriu suas portas nessa sexta-feira (12/04) em uma grande mostra que aborda as informações sobre o tema por meio da arte e da interatividade. Em parceria com Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e com colaboração da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a exposição leva visitantes a conhecer e refletir sobre possíveis soluções para alcançarmos, nas próximas décadas, a possibilidade de alimentar uma população crescente com qualidade nutricional, diversidade de produção e sustentabilidade.

  “Essa exposição nos convida a pensar diferente, nos convida a criar um cenário mais sustentável, já não produzir como antes, porque não é mais necessário, temos tecnologia e conhecimento para alimentar o mundo de maneira responsável com os recursos naturais e com a nutrição da população“, afirmou o representante do FAO no Brasil, Rafael Zavala.

Segundo Zavala os questionamentos levantados pela mostra são temas centrais do trabalho da FAO: “Entendemos que a alimentação e a agricultura são o principal vínculo entre as pessoas e os recursos naturais. É urgente repensar a relação entre a cultura humana e a natureza, entre os produtores de alimentos e os consumidores e, por fim, entre os consumidores e a comida. Esta relação deve estar presente nos pratos do mundo”, disse, durante seu discurso na solenidade de abertura da exposição.

O Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, que participou por vídeo mensagem do evento, lembrou que, se hoje já somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo, até 2050 seremos quase dez bilhões. "Se a nova demanda por alimentos seguir o padrão atual, a pressão crescente sobre os recursos agrícolas já escassos será ainda maior. Não há mais espaço para se produzir alimentos que não seja de maneira sustentável”, alertou.

A exposição, que fica na sala de exposições temporárias do Museu, aborda diversos temas que tocam a alimentação e a relaciona com todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas. Assuntos como agricultura e mudanças climáticas, plantio em condições extremas, fazendas verticais, fontes alternativas de proteínas e igualdade de gênero no meio rural, entre outros temas estão presentes de forma interativa e informativa pelas salas do Museu.

“A ideia é unir arte e responsabilidade social, cultura e ciência, contemplação e interação”, disse a Secretária Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Mariana Ribas. “Mais do que uma necessidade de sobrevivência, alimentar-se é um ato social. A exposição vai mostrar muito do que já vem sendo feito e propor uma série de soluções: o cultivo em locais até então tidos como inexplorados, como desertos e áreas geladas”, completou o Diretor –Executivo o Museu do Amanhã, Henrique Oliveira