Foto: Embrapa

Alan Bojanic, Representante da FAO no Brasil, apresentou os panoramas global e regional das perdas e do desperdício de alimentos, além de iniciativas da América Latina e do Caribe  

Rio de Janeiro – Debater estratégias de combate as perdas e desperdícios de alimentos (PDA). Este foi o principal objetivo do Seminário Sem Desperdício, realizado nessa terça-feira (31), no Museu de Arte do Rio de Janeiro (RJ). O evento, realizado pela Embrapa em parceria com a Delegação da União Europeia e a WWF-Brasil, reuniu especialistas da Europa e pesquisadores brasileiros, além de representantes do varejo e de indústrias nacionais.

Alan Bojanic, Representante da FAO no Brasil, foi um dos palestrantes do evento. Ele apresentou os cenários global e regional sobre o tema e levou para o debate iniciativas que são realizadas na América Latina e no Caribe no que diz respeito ao combate às perdas e aos desperdícios de alimentos.   “No mundo, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas ou perdidas todos os anos. Já na América Latina e no Caribe, estima-se que, por ano, 15% de tudo que é produzido é perdido ou desperdiçado. Só os alimentos desperdiçados no varejo, por exemplo, dariam para alimentar mais de 30 milhões de latinos”, destacou Bojanic ao lembrar que, atualmente, no planeta, 815 milhões de pessoas sofrem com a fome. “É uma triste contradição que precisa ser combatida urgentemente”.

Neste sentido, o Representante falou sobre algumas iniciativas que estão sendo desenvolvidas na América Latina e no Caribe. No Brasil, por exemplo, a FAO apoiou a criação e a realização de reuniões do Comitê Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição, cujo objetivo foi desenvolver uma estratégia de ação para atores governamentais, da sociedade civil e do setor privado para a prevenção e combate das PDAs no país. “Além disso, a FAO também apoiou esse Comitê por meio de um consultor que produziu um diagnóstico sobre o tema no Brasil e a proposta de estratégia de redução das perdas e desperdícios”, salientou.

Durante o evento, representantes da Dinamarca, da Espanha, da França, da Holanda e da Suécia apresentaram experiências de seus países que tiveram bons resultados e que podem influenciar o desenvolvimento de políticas públicas brasileiras sobre o tema.

Já a indústria e o varejo abordaram oportunidades de ação para reduzir as perdas nessas etapas finais da cadeia agroalimentar, tais como o caso do varejo do Rio de Janeiro e da indústria de embalagens do Brasil.

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