FAO no Brasil

Futuro sustentável requer alinhamento entre alimentação saudável e segurança alimentar

Foto: Prefeitura de Curitiba
07/11/2017

Brasília – Quais tem sido suas escolhas na hora de se alimentar? Frutas, legumes, hortaliças fazem parte do cardápio diário de suas refeições? O consumo de carboidratos, entre eles massas, arroz, pães, dominam a maior parte do seu almoço, ou do café da manhã? A ingestão de bebidas ricas em açúcar é limitada, ou faz parte do dia a dia e você não consegue se ver sem?

As respostas a essas questões são muito importantes para definir se você tem optado por uma alimentação saudável e nutritiva. Preferir seguir um plano alimentar equilibrado não significa estar em constante dieta ou em controle de peso. Garantir uma alimentação rica em vitaminas, proteínas, minerais, água, lipídios e também carboidratos contribui para uma vida sadia.

Realizar boas escolhas alimentares pode gerar a possibilidade de evitar doenças como obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, anemias, osteoporoses e até alguns tipos de câncer. A alimentação saudável também permite ter uma melhor qualidade de vida durante toda a vida.    

Por outro lado, além de proporcionar uma melhor saúde para as pessoas, investir em alimentação saudável também significa buscar a efetividade da segurança alimentar. Não basta apenas alimentar as pessoas, é necessário garantir que todos tenham acesso a alimentos saudáveis e ricos em nutrientes.

“Temos um desafio enorme de ao mesmo tempo promover uma alimentação saudável, como garantir que todos tenham acesso a alimentos nutritivos. Só assim conseguiremos a efetividade da segurança alimentar”, ressaltou o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic.

Melhorar a nutrição por meio da agricultura

Os sistemas alimentares satisfazem as necessidades nutricionais das pessoas e ao mesmo tempo contribuem para o crescimento econômico. A função principal do setor da alimentação e da agricultura é alimentar adequadamente as pessoas de maneira a aumentar a disponibilidade, a viabilidade e o nível de consumo de alimentos e dietas variadas, inócuas e nutritivas e que estejam em acordo com a sustentabilidade ambiental.

Para a FAO, os programas e os investimentos agrícolas podem ter efeitos mais efetivos na nutrição se adotam princípios tais como: incorporar objetivos e indicadores relativos a nutrição na elaboração das estratégias; avaliar o contexto local para definir atividades adequadas de combate a má nutrição e suas causas; direcionar medidas para as populações mais vulneráveis e melhorar a equidade; manter e aperfeiçoar a base dos recursos naturais; empoderar as mulheres; facilitar a diversidade da produção e aumentar a produção de cultivos ricos em nutrientes e a pecuária em pequena escala; ampliar os mercados e acesso aos mercados para grupos vulneráveis; entre outros.

“Vivemos tempos em que devemos estar atentos a união da agricultura com a alimentação. O mundo demandará por mais alimentos ao mesmo tempo em que o planeta exigirá medidas de proteção ambiental. Por isso, se faz cada vez mais urgente a adoção de uma produção mais sustentável com melhor aproveitamento dos recursos naturais. Só assim será possível harmonizar produtividade e segurança alimentar para todos”, salientou Bojanic.

Estratégia de Nutrição da FAO 

A FAO conta com uma Estratégia de Nutrição que aborda como melhorar a dieta e aumentar os níveis de nutrição por meio de um enfoque centrado nas pessoas.

Entre outros pontos, o documento tem como objetivo apoiar e facilitar o processo das questões decididas na Segunda Conferência Internacional de Nutrição realizada em 2014; pesquisar e publicar provas, dados e diretrizes sobre nutrição baseados na composição dos alimentos, avaliação da dieta, necessidades humanas e indicadores; e proporcionar ferramentas, orientação e apoio para ampliar uma educação nutricional adequada e sensibilizar os consumidores em âmbito nacional e local.

“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) adotados em 2015 pelos países da ONU, estabelecem como prioridade acabar com a fome até 2030, para isso é necessário que os modelos de produção e consumo dos alimentos estejam alinhados e dialoguem no sentido de um denominador comum”, afirmou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.