ONU

Genebra - Em sua última sessão do Conselho Executivo das Nações Unidas, em Genebra, José Graziano da Silva recebeu uma placa de prata comemorativa das mãos do Secretário-Geral Antonio Guterres, em reconhecimento por seu trabalho como Diretor Geral da FAO nos últimos sete anos.

Em suas observações, Guterres elogiou o trabalho de base de Graziano no Brasil e enfatizou como essa experiência foi crucial para as realizações da FAO durante esse período.

“Antes de ingressar nas Nações Unidas, José Graziano da Silva era reconhecido no Brasil e fora dele por seu compromisso de combater a fome e a pobreza extrema”, disse Guterres. "Ele demonstrou esse mesmo forte compromisso ao longo de seu serviço com as Nações Unidas, enquanto nos esforçamos para implementar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2, de erradicação da fome", acrescentou.

Ao agradecer a liderança do Secretário-Geral e o apoio dos outros chefes das agências, o Diretor-Geral da FAO destacou a necessidade de manter a independência do Sistema das Nações Unidas em tempos difíceis para a realização da Agenda 2030.

“Como a eficiência do multilateralismo é questionada em algumas partes do mundo, manter a independência da ONU em um futuro próximo requer a revisão dessa política orçamentária de crescimento nominal zero em nosso orçamento regular, que enfrento na FAO desde que assumi o cargo, em 2012”, pontuou Graziano da Silva. “Quanto mais os Estados-Membros aumentam as contribuições voluntárias - o que é uma tendência crescente -, mais os grandes doadores tradicionais se concentrarão em seus projetos de participação. Isso será um problema: precisamos de mais e mais respostas baseadas em consenso para questões globais ”, observou ele.

O Diretor-Geral da FAO também manifestou seu apreço por ter “firmado parcerias sólidas e concretas com a maioria das outras agências das Nações Unidas em questões transversais cruciais”, como sistemas alimentares sensíveis à nutrição, segurança alimentar, biodiversidade, comércio e regulamentação, dietas saudáveis ​​e segurança alimentar, manutenção da paz, AMR, migração, oceanos, florestas e agricultura inteligente para o clima, para citar alguns”, concluiu.

O segundo e último mandato de Graziano da Silva será concluído em 31 de julho de 2019.