O Foro Latino-americano sobre o Desenvolvimento Territorial, Inovação e Comunicação Rural é uma iniciativa de caráter regional liderada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O evento será realizado na sede da Embrapa em Brasília, de 12 a 13 de novembro de 2015.

O Foro vai ser realizado no âmbito da Iniciativa Regional da FAO sobre Agricultura Familiar e Desenvolvimento Territorial Rural na América Latina e Caribe e contribui para o intercambio de experiências entre os países da região e o dialogo sobre políticas de apoio à agricultura familiar e aos serviços rurais de inovação e comunicação para o desenvolvimento.

Desenvolvimento territorial, inovação e comunicação rural

Diante da magnitude da pobreza rural presente na América Latina e Caribe (47,9%) e os altos níveis de risco dos agricultores familiares (incluindo riscos relacionados ao clima, as pragas, os preços e o acesso ao mercado), se reque inovações institucionais, sociais e tecnológicas em conjunto com um marco de políticas que integre a agricultura familiar, a gestão de riscos, a proteção social e a geração de emprego no desenho das estratégias de desenvolvimento territorial.

Nesse marco, os sistemas de assistência técnica e extensão e as iniciativas de comunicação para o desenvolvimento rural desempenham um papel estratégico para contribuir com uma maior participação e inclusão social dessas agendas de inovação e desenvolvimento territorial. O acesso à informação agrícola, o dialogo de saberes e os serviços de comunicação rural são elementos chaves para o aprendizado mútuo e a colaboração entre as instituições de investigação e de ATER, as organizações dos agricultores familiares e as comunidades rurais, assim como para assegurar a participação entre os países da região. O Foro busca orientar a reflexão e promover a colaboração entre as instituições que participam dos serviços de inovação e comunicação rural impulsionado pela demanda, como parte integrante das políticas públicas e os programas nacionais de apoio à agricultura familiar e ao desenvolvimento territorial.

Objetivos e metodologia do Foro

O Foro é organizado como uma mesa de discussão entre os representantes de instituições públicas, organizações de pesquisa e extensão rural, agências de desenvolvimento, universidades, meios comunitários e a sociedade civil. A metodologia prevê a apresentação de experiências e lições aprendidas, assim como a discussão em grupo para gerar recomendações e propostas com o objetivo de fortalecer as políticas, os programas nacionais e a cooperação em matéria de desenvolvimento territorial, inovação e comunicação para a agricultura familiar.

Objetivos centrais do Foro:

1. Compartilhar enfoques e experiências relevantes no marco do desenvolvimento territorial e inovação para a agricultura familiar e a redução da pobreza rural na América Latina.
2. Valorizar o dialogo de saberes e a comunicação para o desenvolvimento como chave para a participação, a tomada de decisões e os processos de investigação e extensão rural.
3. Identificar prioridades, opções institucionais e alianças para a implementação de serviços de ATER e comunicação rural eficiente e socialmente inclusiva.
4. Desenvolver propostas e recomendações para fortalecer as políticas e os programas nacionais de desenvolvimento territorial, inovação, comunicação para o desenvolvimento e agricultura familiar e fomentar a cooperação entre os países da região.

Participantes e panelistas

O Foro contará com a presença de representantes da FAO, da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), do governo brasileiro, de agências especializadas em pesquisa, assistência técnica e extensão rural de vários países da região, além de organizações de agricultores, meios comunitários e redes de comunicação.