FAO DOCUMENTO TÉCNICO SOBRE AS PESCAS   306/2 Rev. 2

Cover
Introdução à avaliação de mananciais de peixes tropicais
Parte 2 - Exercícios

INDICE


por
Per Sparre
Instituto Dinamarquês de Investigação Pesqueira
Charlottenlund Slot
DK-2920 Charlottenlund
Dinamarca
e
Siebren C. Venema
Gestor de Projecto GCP/INT/575/DEN
Departamento de Pescas da FAO
Roma, Itália


As definições empregadas e a apresentação do material nesta publicação não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura relativamente à situação jurídica de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas ou das respectivas autoridades ou relativamente à delimitação das suas fronteiras ou limites.


M-43
ISBN 92-5-903996-7


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PREPARAÇÃO DESTE DOCUMENTO

A primeira edição do manual “Introdução à avaliação de mananciais pesqueiros” foi preparada pelo projecto FAO/DANIDA “Formação em avaliação de mananciais pesqueiros e planeamento de investigação pesqueira” (GCP/INT/392/DEN), para uso em uma série de cursos de formação, a nível regional e nacional, em avaliação de mananciais de peixes.

Em 1984 o autor Per Sparre, a serviço do Instituto Dinamarquês de Pesca e Investigação Marinha (DIFMAR), Charlottenlund, Dinamarca, foi solicitado para escrever este manual com base em notas de conferências e estudos de casos preparados pelo grupo de instrutores, que leccionaram os cursos.

A primeira edição foi publicada em Julho de 1985, em Manila, Filipinas, e distribuída pelo projecto através da Rede de Cientistas de Pescarias Tropicais do Centro Internacional de Gestão dos Recursos Aquáticos Vivos, ICLARM e cursos de formação.

Em 1989 o manual foi revisto por Mr. P. Sparre, Dr. E. Ursin, cientista chefe da DIFMAR, e Mr. S. C. Venema, gestor do projecto, GCP/INT/392/DEN. Por razões práticas os exercícios e as suas soluções foram colocados num volume à parte. Esta versão foi publicada em 1989 na “FAO Fisheries Technical Paper 306.1 e 306.2” e foi largamente distribuída e utilizada em cursos de formação.

Infelizmente, cedo se tornou evidente que havia bastantes erros e imperfeições no texto, tabelas e figuras, o que se revela bastante aborrecedor quando o manual é utilizado para fins didácticos. Entretanto começou-se a tradução para Espanhol, Português e Indonésio e os tradutores, leitores, participantes dos cursos e numerosos utilizadores assinalaram erros e imperfeições. No início de 1991, quando a versão Inglesa esgotou, decidiu-se fazer uma nova revisão principalmente para fins didácticos e baseada no texto revisto pelos tradutores.

O manual original está estreitamente relacionado com o pacote de programas LFSA (Length Frequency Stock Assessment), produzido por Mr. Sparre, e com o pacote COMPLEAT ELEFAN, produzido pela ICLARM. Estes dois pacotes são substituidos pelo FiSAT (FAO/ICLARM Stock Assessment Tools) e as referências no texto aos programas de computador foram adaptadas para este novo pacote de programas.

Apesar de não listarmos os nomes do grande número de cientistas que forneceram correcções e comentários, agradecemos a sua contribuição.

As figuras foram parcialmente revistas no Chile por Dr. P. Arana e Mr. Alvara Nuñez e o processamento do texto por Ms. J. Ugilt na Dinamarca.

Uma primeira versão em português foi efectuada no Brazil e utilizada num curso de formação em 1991. Depois de algumas revisões uma nova tradução foi realizada na Universidade do Algarve e revista por técnicos de avaliação de mananciais. Assim sendo, este texto deve reflectir a terminologia portuguesa adoptada neste campo.

Sparre, P.; Venema, S.C.
Introdução à avaliação de mananciais de peixes tropicais. Parte 2. Exercícios.
FAO Documento Técnico sobre as Pescas. No. 306/2. Rev.2. Roma, FAO. 1997. 94p.

RESUMO

Na Parte 1, o Manual, uma seleção de métodos de avaliação de mananciais é descrita com pormenor, com exemplos de cálculos. É dada ênfase especial a métodos aplicados a pescarias tropicais, isto é, aos baseados em análises de distribuição de frequências de comprimento. Depois de uma curta introdução à estatística, é feita uma abordagem da estimação dos parâmetros de crescimento e taxas de mortalidade, métodos de população virtual (incluindo métodos baseados em comprimentos e idades), selectividade de métodos de pesca, modelo de capturas por recruta de Beverton e Holt, estimação da captura máxima sustentável usando modelos de produção geral, problemas de múltiplas espécies e frotas, avaliação de mananciais migratórios, uma discussão da relação manancial/recrutamento e a condução de levantamentos com arrasto de fundo. É explicada, ainda, a relação entre este manual e o pacote de software “Length Frequency Stock Assessment” (LFSA) para microcomputadores. Finalmente o manual apresenta uma lista extensiva de referências incluindo material para futura leitura.

Na Parte 2, Exercícios, é dado um número de exercícios com soluções. Os exercícios estão directamente relacionados com os diferentes capítulos e secções do manual.



Distribuição:

DANIDA
Participantes dos cursos em Avaliação de Mananciais Pesqueiros organizados pelo projectos GCP/INT/392/DEN e GCP/INT/575/DEN
Membros da Rede ICLARM de Cientistas de Pescarias Tropicais
Institutos Especializados em Avaliação de Mananciais de Peixes Tropicais
Institutos de Educação Pesqueira
Organizações Nacionais e Internacionais Interessadas
Seleccionadores Marinhos e de Águas Interiores
Departamentos das Pescas da FAO

Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
Roma, 1997 © FAO


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ÍNDICE

17 EXERCÍCIOS

18 SOLUÇÕES DOS EXERCICIOS

LISTA DE SÍMBOLOS

  Secção
A.Símbolos usados nas fórmulas de avaliação de mananciais 
Ataxa de atrito11.5
aárea varrida (área efectivamente coberta pelo arrasto)13.5
ASPsoma dos picos disponíveis (ELEFAN)3.5
bconstante na relação peso/comprimento W = q*Lb2.6
Bbiomassa8.6
Bvbiomassa virgem (não explorada)8.3, 9.1
B/Rbiomassa por recruta8.2
Ccaptura em número (VPA)5.0
C(t,∞)captura acumulada (da idade t até à idade máxima)4.4
Camplitude (0–1) (ELEFAN)3.5
Cocustos fixos de um programa de amostragem7.2
CPUAcaptura por unidade de área13.6
CPUEcaptura por unidade de esforço4.3, 9.0, 9.5
Dnúmero de mortes por causas naturais (VPA)5.0
D50%comprimento no qual 50% não é capturado, não seleccionado6.2
dLamplitude do intervalo de classe2.1
Eesforço de pesca7.4
Etaxa de explotação (F/Z)4.2,
ESPsoma dos picos explicáveis (ELEFAN)3.5
fesforço de pesca4.3
Fcoeficiente ou taxa instantânea de mortalidade (por unidade de tempo)4.2
Fmmortalidade máxima por pesca6.6
F-matrizmatriz de F por idade e padrão de pesca5.1
F-factorfactor de multiplicação de F (Thompson e Bell), X8.6
Gfactor de mortalidade natural na análise de coortes de Pope5.2
Hfactor de mortalidade natural na análise de coortes de Jones baseada em comprimentos5.3
Iíndice de separação3.5
Kparâmetro de curvatura3.1
KOíndice da taxa metabolica de um peixe3.4
Lcomprimentogeral
L1–L2classe de comprimentogeral
L1,L2do comprimento L1 ao comprimento L2geral
L∞ ou L∞L infinito, comprimento assintótico (comprimento médio de peixes muito velhos)3.1
L′comprimento no qual todos os peixes daquele comprimento e maiores estão totalmente explorados (limite inferior do intervalo de classe correspondente)4.5
Lccomprimento médio da captura total4.5
Lc ou L50%comprimento no qual 50% dos peixes são retidos pela arte de pesca4.5
L75% ou L75comprimento no qual 75% dos peixes são retidos pela arte de pesca6.1
Lmtamanho óptimo de captura6.2
m= K/Z8.4
Mcoeficiente de mortalidade natural ou taxa instantânea de mortalidade natural ou taxa natural de mortalidade (por unidade de tempo)4.1, 4.7
MSErendimento económico máximo sustentável (Maximum Sustainable Economic Yield)8.7
MSYcaptura máxima sustentável (Maximum Sustainable Yield)1.1, 4.5, 8.2, 9.1–9.7, 13.7
Nnúmero de sobreviventes (VPA)4.1, 5.0
N(t)número de sobreviventes de uma coorte que atingiram a idade t4.1
N(Tr)número de recrutas à área de pesca4.1
Nnúmero médio de sobreviventes de uma coorte4.1
φ(phi linha), ln K + 2*ln L∞3.4
qfactor de condição, constante na relação peso/comprimento2.6, 3.1
qcoeficiente de capturabilidade4.3, 4.6, 9.2
Rrecrutamento N(Tr)4.1
Staxa anual de sobrevivência4.2
SL ou S(L)curva logística (selectividade da arte baseada em comprimentos)6.1
St ou S(t)curva logística (selectividade da arte baseada em idades)6.4
S1 e S2constantes na fórmula da curva logística baseada em comprimentos6.1
SFfactor de selecção6.1
SRcurva logística invertida6.2
S/Rrelação manancial/recrutamento12.0
ttempo (geralmente em anos)geral
t′idade a partir da qual os peixes daquela idade, ou mais velhos, são totalmente explorados4.5
tidade média de todos os peixes de idade t′ e mais velhos4.5
Ttemperatura ambiente em °C4.7
Tcidade de primeira captura (início da fase explorada)4.1
Tmlongevidade (idade máxima)4.7
Tm50%idade de maturação em massa (50% da população é madura)4.7
tot-zero, parâmetro de condição inicial (em anos)3.1
Tridade de recrutamento à área de pesca4.1
tsponto-verão (0–1) (ELEFAN)3.5
twponto-inverno (0–1) (ELEFAN)3.5
t50%idade na qual 50% dos peixes são retidos na arte de pesca (Thompson e Bell)6.4
T1 e T2constantes na fórmula da curva logística baseada em idades6.4
U1-Lc/L∞8.4
vpreço médio (Thompson e Bell)8.6
vrendimento (Thompson e Bell)8.6
VPAanálise de população virtual5.0
wpeso (normalmente de um indivíduo)geral
W∞ ou W∞peso infinito, peso assintótico, (W infinito, peso médio de peixes muito velhos)3.1
Xfactor de multiplicação de F (Thompson e Bell)8.6
yidade (normalmente em forma de um índice)8.6
Y/Rcaptura por recruta (Beverton e Holt)8.2
(Y/R)′captura relativa por recruta (Beverton e Holt)8.4
Zcoeficiente de mortalidade total, taxa instantânea de mortalidade total ou taxa de mortalidade total (por unidade de tempo)4.2

B.Notação matemática (geral)
*sinal de multiplicação
/sinal de divisão
lnlogarítmo natural (base e= 2.7182818)
loglogarítmo na base 10
exp(x) 
ou exfunção exponencial, exp(x) = ex
soma de todos os valores de X(i), para i variando de 1 até n; soma = X(1)+X(2)+…+X(n)
√ or raiz quadrada
infinito
Δxdelta x, um pequeno incremento na variável x
máximo valor entre os elementos do conjunto {X(j) } = {X(1),X(2),…X(j) ,…}
xvalor médio de x
x(i,j)i,j índices de x (geralmente impresso como xi,j)
πpi = 3.14159
a < ba menor que b
a > ba maior que b
a => ba maior ou igual a b
tanhtangente hiperbólica
  
C.Notação Estatística
  
ε(epsilon) erro relativo máximo
fgraus de liberdade
Ffrequência observada
Fcfrequência calculada ou teórica
nnúmero de observações ou tamanho da amostra
sdesvio padrão
s2variância (VAR)
s/√ nerro padrão
s/xdesvio padrão relativo ou coeficiente de variação
xvalor médio de x
y = a+b*xregressão linear
aponto de intersecção da regressão simples
a′ponto de intersecção da regressão funcional
bdeclive da regressão simples
b′declive da regressão funcional
rcoeficiente de correlação
saerro da intersecção (a)
sa2variância da intersecção (a)
sberro do declive (b)
sb2variância do declive (b)
sxdesvio padrão da variável independente (x)
sx2variância da variável independente (x)
sxycovariância
sydesvio padrão da variável dependente (y)
sy2variância da variável dependente (y)
tquantil na distribuição-t ou de Student
VARvariância
xvariável independente
yvariável dependente