Foto: Pamela Rosero/FAO

Quito, Equador, 6 de setembro de 2017 - O Equador iniciou, na última semana, o projeto +Algodão, uma iniciativa inovadora de Cooperação Sul-Sul Trilateral que contribuirá para o desenvolvimento sustentável do setor algodoeiro e para a melhora da qualidade de vida dos agricultores familiares do país, por meio da articulação da institucionalidade nacional, o fortalecimento das capacidades e o associativismo. 

Ao final do projeto, espera-se que as instituições públicas e do setor algodoeiro do país tenham suas capacidades ampliadas e mais articuladas para apoiar o fortalecimento e a organização geral da cadeia de valor do algodão. 

Sobre o resultado esperado com o projeto, a Ministra de Agricultura e Pecuária do Equador, Vanessa Cordero Ahiman, disse: “se busca um plantio sustentável do algodão que contribua para eliminar a pobreza nesse setor, ao aumentar a renda dos agricultores que receberão assistência técnica do Brasil e da FAO”. 

O Embaixador do Brasil no Equador, Carlos Lazary, destacou: “queremos transmitir nossos conhecimentos a outros países, não é apenas um intercâmbio de experiências mas um fortalecimento da agricultura familiar. É um projeto trilateral que fazemos a gestão junto com a FAO e que já é executado com sucesso em outros países como a Colômbia, o Peru e o Paraguai. Queremos implementar com o Equador, o que pode gerar uma excelente produtividade do algodão e que seria mantido de forma sustentável”. 

John Preissing, Representante da FAO no Equador, ressaltou que o mais importante do projeto +Algodão é o respaldo aos médios e pequenos produtores para que possam obter uma melhor renda com sistemas de produção inclusivos nas áreas de ciência e tecnologia, bem como um novo vínculo relacionado ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), focados na fome zero e na produção sustentável. 

A Ministra também informou que este projeto +Algodão será parte de uma estratégia nacional na cadeia produtiva do algodão, para que os grupos que pertençam à agricultura familiar e campesina saiam da extrema pobreza e, por meio da assistência técnica que receberão, possam continuar seu desenvolvimento que não é somente do Equador mas da região da América Latina. 

+Algodão

Para a coordenadora regional do projeto +Algodão, Adriana Gregolin, é possível que o setor algodoeiro equatoriano se fortaleça como uma atividade que contribua para o desenvolvimento econômico e social das regiões que ainda continuam produzindo. Neste sentido, a cooperação Sul-Sul Trilateral cumpre um papel importante. “O projeto +Algodão pretende apoiar o estabelecimento de soluções integrais, com foco na cadeia de valor que dinamize o setor algodoeiro, levando em consideração os aspectos de igualdade de gênero e participação, de acordo com as necessidades dos países parceiros”, disse Adriana. 

Além do Equador, são parceiros nesta iniciativa: Argentina, Bolívia, Colômbia, Haiti, Paraguai e Peru. O projeto +Algodão é executado mediante o trabalho conjunto do Governo do Brasil, representado pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Governo do Equador, representado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG). 

Experiência brasileira

O projeto +Algodão faz parte das ações executadas pelo Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO e apoia o combate da pobreza rural por meio de complementação de capacidades técnicas da institucionalidade pública e privada a partir de experiências do Brasil. 

A construção do projeto considerou a ampla e reconhecida experiência brasileira no desenvolvimento de tecnologias para a produção do algodão, bem como as experiências de cada um dos países parceiros nesta cadeia de políticas para o setor rural, adaptadas aos contextos e realidades locais com foco na melhora das condições de vida dos agricultores familiares. 

A produção de algodão é uma das atividades agrícolas que mais contribui para a geração de empregos e renda, assim como a segurança alimentar de famílias agricultoras no mundo. Ela se apresenta como uma alternativa para a superação da pobreza rural, com sustentabilidade econômica, social e ambiental.