FAO in Mozambique

Face a situação de emergência devido à seca na província de Gaza, FAO providencia sementes para 18 mil famílias

Distribuição de sementes no distrito de Massingir
09/07/2019

09 de Julho de 2019 – A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) inicia esta semana a distribuição de sementes de hortícolas na província de Gaza, em resposta à situação de emergência decretada pelo Governo de Moçambique devido à seca severa ocorrida em 2018.

Esta acção é parte de um projecto da FAO com o objectivo de fornecer assistência imediata a 90.000 pessoas mais vulneráveis na província de Gaza de modo a poderem produzir alimentos (hortícolas) que possam garantir a sua segurança alimentar.

Os beneficiários serão pequenos agricultores cujos alimentos dependem da sua própria produção e a prioridade será dada aos agregados chefiados por mulheres, idosos e outros grupos desfavorecidos cujos alimentos e sementes tenham sido perdidos ou que as culturas tenham sido danificadas.

O projecto irá beneficiar produtores dos distritos de Chibuto (3.000 famílias), Guijá (4.000 famílias ), Mabalane (4.000 famílias) , Massingir (4.000 famílias) e Chigubo 3.000 famílias.

A selecção de beneficiários foi relaizada em estreita colaboração com o governo local, organizações locais baseadas nas comunidades, autoridades locais e tradicionais e ONGs.

De acordo com uma análise feita pelo Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), através do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (SETSAN) e, com base num inquérito realizado no período de Agosto a Setembro de 2018, foram identificadas 1.780.512 pessoas em crise alimentar.

A análise também mostrou que em Gaza, a província mais afectada, cerca de 38% de agregados familiares tinham taxas de consumo alimentar moderadas a fracas, contra 25% em Tete e 24% em Inhambane.

As principais causas da situação foram a fraca produção agrícola devido ao início insuficiente, irregular e tardio das chuvas, alta incidência de pragas e doenças nas culturas, causando reservas insuficientes de alimentos nos agregados familiares e a subida dos preços dos alimentos básicos.

Este é um projecto financiada pelo Fundo Central das Nações Unidas de Resposta a Emergências (CERF) em mais de 800 mil dólares.