Presidente Nyusi no stand da FAO

O Presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, abriu, este domingo (07.06.), o primeiro Festival da Mandioca do país, que contou com a participação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Nyusi fez-se acompanhar de diversos ministros e outros membros do Governo, incluindo a Ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua, a Vice-Ministra da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Leda Hugo, o Governador de Nampula, Victor Borges, e o Director Provincial da Agricultura de Nampula, Pedro Dzucule.

Depois de falar com o Presidente no stand da FAO durante o evento, o especialista em pós-colheita da Organização, Jorge Machanguana, disse perceber uma atitude positiva do chefe de Estado perante as actividades da FAO no Distrito de Ribaué, Província de Nampula, onde se realizou o festival. Entre as actividades locais incluem-se Escolas na Machamba do Camponês (EMC) e infraestruturas de armazenamento, sendo ambas parte do sub-programa da FAO que visa acelerar o progresso para atingir o ODM1c em Moçambique, ou seja, reduzir para metade a proporção de pessoas que sofrem de fome. "Penso que o Presidente Nyusi captou a essência do nosso propósito junto das comunidades", disse Manchanguana.

Calcula-se que 2.000 pessoas, sobretudo agricultores e comerciantes locais, terão visitado o festival. O principal objectivo do evento de três dias foi promover o valor da cultura da mandioca além de chamar a atenção entre a população geral para a diversidade de pratos culinários com mandioca. Januário Manuel Silvestre, um produtor de mandioca que visitou o stand da FAO, mostrou-se feliz por receber informação da Organização, "uma vez que esta forneceu respostas a questões que permaneciam em aberto quanto a boas práticas na produção de mandioca".

Além de milho, arroz, feijão e mexoeira, a mandioca está entre os alimentos básicos mais importantes em Moçambique. A sua produção concentra-se sobretudo em quatro províncias nas regiões centro e norte do país (Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa), sendo estas responsáveis por cerca de 85 por cento da produção nacional de mandioca. Como o Representante da FAO em Moçambique, Castro Camarada, enfatizou, "a mandioca é uma cultura muito importante para a segurança alimentar e para a geração de rendimento. Tem um grande potencial de processamento noutros sub-produtos e este festival foi uma óptima oportunidade para partilharmos informação e conhecimento". Já em 2012, uma nota técnica da FAO, intitulada Análise dos Incentivos e Desincentivos da Mandioca em Moçambique, sublinhava a falta de incentivos para os produtores de mandioca, tendo estes obstáculos como custos de transporte exorbitantes e uma fraca infra-estrutura.