FAO in Mozambique

FAO continua apoio a mais de 30.000 famílias afectadas pela seca

Sementes distribuídas aos agricultores
30/01/2017

Cerca de 30.500 famílias estão a ser beneficiadas pelo programa de "Assistência de Emergência para a Contenção dos Efeitos da Seca" da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em coordenação com o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA).

Este programa que integra três projectos da FAO tem como objectivo reduzir a dependência alimentar das famílias afectadas pelos efeitos das mudanças climáticas através da disponibilização de sementes de milho, feijão vulgar e abóbora, incluindo pulverizadores e herbicidas, destinados aos pequenos agricultores mais afectados nas províncias de Gaza, Manica, Sofala e Tete.

De acordo com o Coordenador do programa de emergência da FAO, Inácio Pereira, "o processo de distribuição nas referidas províncias decorre em ritmo satisfatório e já atingiu cerca de 75% a 80% dos beneficiários".

"A informação que temos até agora é que a campanha está a decorrer normalmente e parece que irá ser uma boa campanha pois as áreas em cultivo encontram-se em bom estado. Está a chover nas áreas de distribuição, o que alimenta a esperança de uma boa campanha agrícola" afirmou.

O coordenador disse ainda que "está em curso a preparação de algumas actividades complementares de resiliência que irão cobrir algumas zonas afectadas, entre elas a introdução de pequenos sistemas de rega (kit de rega a gota a gota), a multiplicação local de sementes para a distribuição entre as comunidades, a introdução de práticas de agricultura de conservação, bem como o melhoramento no abeberamento do gado e a multiplicação de frangos pelas comunidades que são actividades que terão o seu início agora e que se estenderão para a 2ª época da presente campanha agrícola".

Ultimamente, Moçambique tem sofrido com os efeitos negativos exacerbados causados pela seca, que também afectou toda a região da África Austral e que este ano está sendo seguida de chuvas em alguns casos acima do normal.

As províncias do centro e sul de Moçambique são as mais afectadas e de acordo com dados do Instituto de Gestão de Desastres (INGC), apenas 10% dos agricultores tiveram colheita no primeiro período da última campanha agrícola.

Assim, através deste programa de emergência a FAO pretende contribuir para redução da dependência alimentar das famílias carenciadas, melhorar a segurança alimentar e garantir a resiliência das comunidades.