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Moçambique, Banco Mundial e FAO assinam acordo para aumentar a reforma do sector florestal

18/07/2017

Moçambique - O Governo de Moçambique, o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas (FAO) anunciaram um novo projeto que fortalecerá a gestão sustentável das florestas e contribuirá para que Mozambique atinja o Objetivo Desenvolvimento Sustentável 15 – Vida sobre a Terra. O projeto de seis milhões de dólares faz parte do Projeto de Investimento Florestal de Moçambique financiado pelo Banco Mundial em 47 milhões de dólares. Este projeto visa conter o ritmo acelerado da desflorestação e apoiar o investimento no sector florestal, criando novas oportunidades de rendimento e subsistência a partir da gestão sustentável das florestas para as populações rurais.

No âmbito deste novo acordo, a FAO fornecerá apoio técnico para desenvolver uma estratégia nacional de 20 anos para o sector florestal e, os quadros institucionais para as concessões florestais serão revistos de modo a garantir uma maior transparência, responsabilidade, equidade e sustentabilidade da produção florestal. Para além disso, irão ser estabelecidas concessões “modelo” de modo haver a implementação de melhores práticas.

“Esta importante parceria contribuirá para a mudança na forma como as florestas são geridas em Moçambique”, disse o Vice-diretor da FAO, Daniel Gustafson.

Pela primeira vez, será desenvolvido um Sistema de Informação Florestal e digital e georreferenciado, para substituir os registos em papel existentes e proporcionará uma base de dados fiável para apoiar as decisões estratégicas em políticas e gestão.

Paralelamente, o conhecimento e as habilidades em gestão florestal também serão partilhados com homólogos nacionais e locais.

Os recursos florestais de Moçambique têm um potencial significativo para contribuir na mitigação da pobreza, porém encontram-se ameaçados pela desflorestação, degradação, incêndios, abate ilegal, produção descontrolada de lenha e carvão vegetal.

Xavier Sailors, Diretor da Direção Nacional de Florestas de Moçambique, afirmou que as comunidades e sector privado são partes interessadas e importantes na revisão do modelo de gestão florestal. “As nossas florestas serão protegidas e salvaguardadas, e ao mesmo tempo, utilizadas como fonte de criação de riqueza para as nossas comunidades. Em último caso, podem ainda melhorar as suas vidas diárias”.

O projeto é o primeiro a ser assinado após a aprovação entre a FAO e o Banco Mundial de um novo quadro a 10 de maio 2017. Este define-se como um conjunto de projetos modelo acordados que foram criados com objetivo de simplificar e acelerar o novo acordo de parceria entre Moçambique e a FAO.

“Esta parceria é um bom exemplo do que podemos fazer juntos, e podemos replicá-lo”, disse Paola Agostini, Chefe Mundial dos Bosques e Paisagens no Banco Mundial. “ O todo será maior que a some das partes”. 

Foto de: ©FAO/Riccardo De Luca

Legenda: Vice-Diretor da FAO, Daniel Gustafon, com a Chefe Executiva do Fundo Nacional de Moçambique para o Desenvolvimento Sustentável (FNDS), na assinatura do acordo em Roma

Fonte: http://www.fao.org/news/story/en/item/992171/icode/