FAO in Portugal

A alimentação do futuro?

09/07/2018

Lisboa No dia 4 de julho de 2018, o Chefe do Escritório de Informação da FAO em Portugal e junto a CPLP Francisco Sarmento, participou no painel “A alimentação do Futuro”, uma iniciativa promovida pela Academia do Futuro. Francisco Sarmento alegou que é imprescindível incentivar uma reflexão sobre a alimentação dos tempos de hoje, desde o que comemos ao que desperdiçamos. Para ele, o grande desafio da humanidade é promover uma transição para sistemas alimentares mais sustentáveis de modo a realizar progressivamente o Direito Humano à Alimentação Adequada.

Francisco Sarmento declarou que o sistema alimentar em voga tem elevados custos sociais, económicos e ecológicos. Para reinventar o sistema alimentar, realçou à importância desempenhada pela Educação. Neste contexto, apelou aos formadores na área de Hotelaria e Turismo, público-alvo do evento, que incluíssem esta questão nos trajectos curriculares. Também aludiu à importância da Educação no contexto da Alimentação Escolar.

Para dar a necessária prioridade a esta matéria, é fundamental que os ministérios de várias áreas sectoriais trabalhem de forma coordenada ao mais diversos níveis. Sarmento relembrou que FAO fez a proposta ao Governo de implementar um Conselho Nacional para o Direito Humano a uma Alimentação Adequada.

O painel também contou com a participação de, Patrícia Borges, Docente da IPL-ESTM e Luísa Almeida, CEO Quinta do Arneiro, e com a moderação de Luísa Oliveira, Jornalista da Visão. No contexto dos desafios do sistema alimentar, Patrícia Borges apresentou o seu projecto sobre Entomologia, ou seja, o consumo de insectos enquanto alternativa viável e sustentável no plano alimentar. Por último, interveio Luísa Oliveira que relatou a sua experiência com Agricultura Biológica, procurando sensibilizar para a necessidade reduzir o desperdício alimentar bem como respeitar a sazonalidade dos produtos, alegou que “a alimentação do futuro tem que ter o seu foco na saúde e no valor, o que implica recuperar boas práticas do passado”.