FAO in Portugal

ESADR 2016 discute "Políticas Públicas para a Agricultura PÓS 2020"

26/09/2016

Lisboa - De 7 a 9 de setembro realizou-se no Instituto Politécnico de Coimbra o ESADR 2016, um evento que reuniu o Programa Final do VIII Congresso da APDEA e o II Encontro Lusófono em Economia, Sociologia, Ambiente e Desenvolvimento Rural, subordinado ao tema “Políticas Públicas para a Agricultura PÓS 2020" e organizado pela APDEA (Associação Portuguesa de Economia Agrária), pelo Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), pelo IIA (Instituto de Investigação Aplicado), e pelo CERNAS (Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade). O mesmo contou com a presença de Hélder Muteia, representante da FAO em Portugal e junto da CPLP, convidado para o evento.

O propósito do ESADR 2016 consistiu no favorecimento de uma discussão informada sobre o passado e poderá vir a seguir nos próximos anos, não só na União Europeia em termos de Política Agrícola Comum, mas também no mundo Lusófono. Assim, o quadro de especialistas reunido visou prospetivar os desafios económicos, ambientais e territoriais que um futuro próximo poderá comportar, tal como as questões políticas de agricultura e das zonas rurais mais proeminentes.

Contando com um painel diversificado que reuniu diferentes perspetivas internacionais, este evento contou com a intervenção do representante da FAO em Portugal e junto da CPLP, Hélder Muteia, que realizou um apresentação intitulada “Informação como suporte das Políticas Públicas para a Agricultura”. A chave do seu discurso residiu no nexo entre os sistemas alimentares modernos e a segurança alimentar, mencionando de igual forma os desafios atuais que têm vindo a condicionar a estabilidade dos anteriores, tal como as alterações climáticas e o recurso à engenharia genética.

Outros painéis foram desenvolvidos e tópicos como “Agricultura e Património Imaterial” e “Contexto Macroeconómico e as implicações para a Agricultura" garantiram a atenção do público. Simultaneamente aos painéis principais decorreram sessões paralelas sobre estudos de caso, como foi o caso do pêssego da Beira Interior portuguesa.

Adotando uma visão prospetiva e proactiva foram também abordados temas como a preservação da biodiversidade o desenvolvimento agrícola sustentável, temas tão caros à FAO e nos quais a organização está empenhada. Esta preocupação é reiterada pelas palavras de Hélder Muteia quando conclui que “precisamos de caminhar para humanizar o desenvolvimento que permita uma partilha de oportunidades”.