Santiago do Chile - 24 de abril de 2014 - Ministros e ministras dos 33 países da América Latina e do Caribe vão se reunir em Santiago do Chile com o objetivo de traçar ações comuns que permitam erradicar a fome na região antes de 2025. A importante reunião vai ser realizada entre os dias 7 e 9 de maio de 2014, durante a 33ª Conferência Regional da Organização Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAO.

O presidente da Conferência Regional da FAO e ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Carlos Casamiquela assinalou que "esta reunião é uma grande oportunidade para avançar na materialização do Plano de Ação da CELAC 2014 em relação a erradiação da fome e da pobreza na região".

O encontro assume uma particular importância considerando a proximidade do fim do prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, entre os quais se destaca a meta de reduzir pela metade a porcentagem de subalimentados antes de 2015. Cabe ressaltar que nos últimos 20 anos a América Latina e o Caribe é a região que mais avançou na luta contra a fome, mas ainda existem 47 milhões de latino-americanos e caribenhos que sofrem de subalimentação, isso representa uma a cada treze pessoas.

"Este encontro é uma oportunidade para os governos, a sociedade civil, o setor privado e os organismos internacionais como a FAO redobrar os esforços que nos levarão a ser a primeira geração de latino-americanos e caribenhos a viver em uma região livre da fome", assinalou o representante regional da FAO, Raul Benítez.

Além dos ministros e ministras da região, a Conferência Regional contará com a presença do diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, que foi o impulsor da Iniciativa América Latina e Caribe sem fome, compromisso assumido pela totalidade dos chefes de estado e de governo da região com o intuito de erradicar a fome antes de 2025. A cerimônia de abertura contará com a presença da presidente da República do Chile, senhora Michelle Bachelet.

Outro tema central da Conferência Regional da FAO será a necessidade de impulsar um sistema de produção de alimentos sustentáveis, com um maior protagonismo da agrilcultura familiar e capaz de fazer frente aos efeitos das mudanças climáticas.