Propriedades comandadas por mulheres representam cerca de 5% da área rural
Metade da população brasileira é composta por mulheres, que também têm papel importante no mundo rural, mas as propriedades comandads por mulheres representam apenas 5% da área rural. Não ter a posse da terra significa uma relação de poder do homem sobre a mulher. Para a diretora executiva da organização não governamental (ONG) Oxfam Brasil, Katia Maia, a posse dos estabelecimentos rurais dominada por homens tanto em número quanto em tamanho da terra acentua as desigualdades de gênero no país. Para ela, a reforma agrária tem papel fundamental de ajudar a enfrentar essa distorção de gênero, ao incluir a mulher na posse da terra.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que a autarquia garante às mulheres assentadas a titularidade do lote ocupado pela família. Também é possibilitado o acesso ao Fomento Mulher, linha de crédito voltada à implantação de projeto produtivo sob responsabilidade da mulher titular do lote, no valor de até R$ 3 mil, em operação única, por família assentada. O Incra citou ainda ações de assistência técnica, na organização de grupos femininos, para ampliar a renda nos assentamentos e consolidar a participação das mulheres no planejamento e gestão de empreendimentos da reforma agrária.