Em meio a seca histórica, agroecologia gera renda para sertanejos do Nordeste
Em meio ao sertão da Paraíba, que enfrenta uma seca histórica de cinco anos, Marlene Pereira, 46, sustenta sua família com o que planta em seu terreno de menos de meio hectare, menor que um campo de futebol, em Lagoa Seca, a 142 quilômetros de João Pessoa.
A água vem das cisternas que chegaram ao município em 2010. A tecnologia social é certificada pela FBB (Fundação Banco do Brasil), que já construiu 92 mil equipamentos do tipo em todo o semiárido nordestino e pretende alcançar ainda mais municípios.
Elas servem tanto para consumo das famílias, com captação da chuva no telhado para reservatórios de 16 mil litros, quanto para criação de animais e produção, em calçadões inclinados de 200 metros quadrados e com tanques de 52 mil litros.
O Pais (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), prevê a produção de alimentos orgânicos para consumo familiar e incentiva a comercialização do excedente, além de capacitação técnica para as melhores práticas e o projeto Ecoforte - Redes de Agroecologia na Borborema incentiva o protagonismo das mulheres, o acesso a feiras e promove fundos solidários e bancos de sementes crioulas.