Rede de cerco com retenida para a captura de sardinha e outras pequenas espécies pelágicas, para uma embarcação com 10 m (Segundo PAJOT, F.A.O.)
∎
- Comprimento mînimo de acordo com o comprimento do cercador: comprimento
(rede) ≤ 15 x comprimento (cercador).
- Altura minima = 10% do
comprimento da rede.
- Largura e comprimento
minimos da copejada =
comprimento do cercador.
∎
É necessârio evitar o emalhar do peixe (respeitando escrupulosa-mente a legislaçâo em vigor àcerca da malhagem minima).
(fórmula de FRIDMAN) em que:
AM (mm) = abertura da malha da copejada
L
(peixe)(mm) = comprimento medio dos peixes a capturar
K =
Coeficiente caracteristico da espécie
K = 5 para os peixes
compridos e estreitos
K = 3,5 para os peixes médios
K = 2,5 para os peixes "volumosos", altos
ou largos
Alguns exemplos
Espécie(s) |
Dimensao da malha estirada (mm) |
Espessura do fio (R tex) |
anchova pequena, "ndagala""Kapenta" (Africa de Leste) |
12 |
75-100 |
anchova .sardinha peq. |
16 |
75-150 |
sardinha, sardinela |
18-20 |
100-150 |
sardinela grande, galucha peixe voadot, sardc grande, carapau |
25-30 |
150-300 |
sarda.tainha.tilapia, carapau,bonito peq. ... |
50-70 |
300-390 |
bonito. otum, serras, serra da india... |
50-70 ou mais |
450-550 |
∎
Alguns exemplos observados
Corpo da rede |
Copejada |
|
Pequenos peixes pelágicos |
0, 02-0,08 |
0,02-0.09 |
Grandes peixes |
0,01-0,06 |
0,03-0,12 |
∎
O peso do lastro (no ar) représenta entre 1 /3 e 2/3 do peso de pano (no ar)*.
Peso de lastro (no ar) por metro de cabo do chumbo: 1 a 3 kg (até 6 kg para as grandes redes de cerco para
atum).
∎
Alguns exemplos
Durante amontagemdeuma rede de cerco
toma-se imprescindïvel prever, para além da flutuaçâo necessâria
para equilibrar o peso total da arte dentro de âgua, uma flutuaçâo
suplementar, da ordern de 30% em âguas calmas a 50-60% em zonas de fortes correntes, com a finalidade de levar em linha de conta
os efeitos decorrentes das condiçôes de meio e manobra. A flutuaçâo deve
ser aumentada a nîvel da copejada (pano de rede mais pesado) e do meio
compri-mento do cabo dos chumbos (tracçào mais elevada ou sa-cada).
Praticamente, a flutuaçâo necessâria équivale a uma vez e meia a duas vezes
o peso do lastro* (no ar) colocado na base da rede de cerco.
- Redes de cerco de grandes di-mensôes com peso de rede ele-vado: com lastragem relati-vamente reduzida, a flutuaçâo necessâria équivale a um pouco maisque metade do peso de pano de rede (no ar)
Flutuação
= 1,3 a 1,6 ( Pâgua rede+ Pâgua lastro)
= 1,3 a 1,6 (0,10+ 0,72)
=
0,5 a 0,6 kg por kg de pano (no
ar)
- Redes de cerco de menores di-mensôes com peso de rede medio ou ligeiro: com lastragem relativamente elevada, a flutuaçâo necessâria é aumentada e um pouco swpertoi ao peso de pano de rede (no ar).
Flutuaçâo
= 1,3 a 1,6 ( Pâgya rede+ Pàgua lastro)
= 1,3 a 1,6(0,10 + 0,72)
=
1 a 1,3 kg por kg de pano (no
ar)
- Em resumo, procedimento escolha do lastro e da flutuaçâo necessârios.
Câlculo de:
* Peso de um pano de rede, ver p. 35
Montagem sobre os cabos (ver p. 38 e 39)
∎
Comprimento do cabo dos chumbos = Comprimento do cabo das cortiças + 0 a 10%
∎
Comprimento da retenida = 1,10 a 1,75 vezes o
comprimento do cabo dos chumbos, ou seja, em média da ordern de 1,5 vezes o comprimento da rede de
cerco.
Comprimento do cerrador = em média, 20 a 25% do comprimento da rede de cerco.
∎
- Boa resistência ao desgaste
- Boa resistência à ruptura
∎
V (m3)=5
x Peso (Ton) da rede de cerco no ar
∎
(ver p. 39
e
40)
Numa primeira aproximaçào, a altura real na âgua (AR) é igual a 50% da altura estirada (AE) da rede de cerco nas suas extremidades, e a 60% a meio do seu comprimento,
∎
Exemptas de valores reais obser-vados:
2,4 a 16,0 m/min,
com
Valor medio = 9 m/min
∎
Rede de praia sem saco (chinchorro,
chincha)
um só pano
(ausência de regra para altura e largura)
ou
Malhagem e/ou grossura de fios particular na parte central da rede
Rede de praia com saco (mugiganga)
∎
Pequena rede de praia alta, aladq de cada lado por um sô homern
∎
Construidos corn têxteis naturais ou em nylon, polietileno, polipropileno
Algumas observaçôes
Comprimento da rede de praia (m) |
Cordas em cabo sintético Ř ( mm) |
50-100 |
6 |
200-500 |
14-16 |
800-1500 |
18 |
∎
Nas asas os valores das
malha-gens (e grossura de
fios) podem ser idênticos ou diferentes dos da zona central da rede
Algumas obervaçôes relativas à zona central da rede
Espécie alvo |
Malhagem (mm) |
Grossura do fio R tex |
Sardinha |
5-12 |
150-250 |
Sardinela |
30 |
800-1200 |
Tilâpia |
25 |
100 |
Camarôes tropicais |
18 |
450 |
Diversos peixes de grandes dimensùes |
40-50 |
150-300 |
Cabos de montagem: Cabo das
cortiças e Cabo dos chumbos
Geralmente construidos com o mesmo material (PA ou PE) e o mesmo diâmetro na parte superior e na parte inferior.
∎
Idênticos na parte superior e na parte inferior
Para a parte central:
E =
0,5 ou um pouco superior (0,5 a 0,7) Para as asas:
E = idêntico ao da parte central ou, algumas vezes, um pouco
superior (E = 0,7 a 0,9)
Flutuaçâo no cabo das cortiças
A quantidade de flutuadores necessâria
aumenta com a altura da rede envolvente-arrastante de alar para a
praia.
Alguns exemplos observados ao nível da parte central
Altura de rede de praia (m) |
Flutuaçâo da rede montada (g/m) |
3-4 |
50 |
7 |
150 |
10 |
350-400 |
15 |
500-600 |
20 |
1000 |
Os flutuadores sào distribuidos quer uniformemente ao longo de todo o cabo das cortiças, quer mais juntos ao nïvel da parte central da rede, e cada vez mais espaçados no sentido das extremi-dades da rede.
∎
O peso (e a nafureza do lastro) varia de acordo com a utilizaçâo pretendida (visando um maior ou menor roçar pelo fundo).
O lastro é repartido quer uniformemente ao longo do cabo dos chumbos,
quer de uma forma mais acentuada
sobre a parte central que sobre as asas.
∎
Ao nível da parte central, muitas vezes a relaçào flutuaçào/lastro é igual a cerca de 1,5 a 2, mas algumas vezes e
visando um maior contacto com o fundo, coloca-se mais lastro que
flutuaçâo.
Ao nlvel das asas, a relaçào flutuaçào/lastro é igual ou um pouco inferior a 1.
∎
muito
semelhante as redes de arrasto
pelo fundo
Rede de cerco dinamarquesa
Rede de cerco dinamarquesa de grande abertura vertical (GAV)
exemplo:
Tirante (m) |
cabo de pana (m) |
20-25 |
35 |
45-55 |
45 |
∎
Exemplo:
Largada de 12
"coils" (quartela-das),istoé,2640m(l
"coil" = 220 m)
∎
Rede de cerco dinamarquesd |
Embarcacöes | Perimetro na boco (m)* | Cobo de pana (m) | |
Comp. (m) |
Potência (cv)* |
|||
Japäo | 10-15 | 30 | 50 | |
Europa | 15-20 | 100-200 | 20-30 | 55-65 |
G.AV. | 10-20 | 100 | 35-45 | 25-35 |
20 | 200 | 45-65 | 35-45 | |
20-25 | 300-400 | ~ 100 | 45-55 | |
25+ | 500 | 55-65 |
∎
Rede de cerco dinamarquesa
∎
Malha estirada (mm) |
R tex |
110-150 |
1100-1400 |
90-110 |
1000-1100 |
70-90 |
700-1000 |
40-70 |
600-800 |
* Poféncia em (cv) = 1,36 x Potëncia em (kW)
** O perimetro é colculado ao
nïvel do primeira barriga
inferior
Caracteristicas requeridas
Durabilidade
Resistência à
abrasào
Peso
Malenais
Malhetas | |
Ř (mm) |
Peso (kg/100 m) |
PP 20 |
35 |
24 |
43 |
26 |
55 |
28 |
61 |
30 |
69 |
Manobra
Diversos diâmetros numa mesma malheta,frequentemente (embarcaçôes médias) Ř 24-36.
Sâo fréquentes alguns lastros de espaços a espaços.
Comphmento
É expresso em "falhöes" de 200-220 m, geralmente entre 1 000 e 3 000 m.
Técnica escocesa: largada
Fundos baixos (50-70 m) ou fundos moles limitados por bancos de rocha |
inferior a 2000m |
Profundidade média (80-260 m) ou fundos moles ou regulares |
superior ou igual a 3 000m |
Técnica japonesa:
até 300-500
m:
8 a 15 vezes a profundidade
∎
∎
∎
∎
Para uma embarcaçào com 50 a 75 cv.
Rede de arrasto pelo fundo com portas de arrasto, FAO
Para uma embarcaçâo com 120 a 150 cv
Rede de arrasto pelâgico, de parelha, para arenque e sarda, França
Redes de arrasto: relação malhagem/força de fios para as redes de arrasto pelo fundo
∎
Potência (arrastöo) = 30 a l00 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
100 |
950-1 170 |
80 |
650-950 |
60 |
650 |
40 |
650 |
Potência (arrastäo) = 100 a 300 cv* | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (Rtex) |
200 |
1660-2 500 |
160 |
1300 |
120 |
1300-2 000 |
80 |
950-1 550 |
60 |
850-1 190 |
40 |
850-1 190 |
Potência (arrastöo) - 300 a 600 cv * |
|
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
200 |
2 500-3 570 |
160 |
1 230-2 000 |
120 |
1 230-2 000 |
80 |
1660 |
60 |
950-1 190 |
40 |
950-1 190 |
∎
Rede de arrasto de prova (ver p,84) |
|
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
39,6 |
645 |
Potência (arrastäo) = 150 a 300 cv * |
|
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
44 |
940-1 190 |
39,6 |
1 190 |
Potência (arrastäo) = 300 a 600 cv * |
|
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
47,6 |
1 190 |
39,6 |
1540 |
* para potências a utllizar, ver p. 95
Potência em (cv) = 1,36 x Potência em (kW)
∎
Potência (arrastäo) = 75 a 150 cv * |
|
Malhagem estirada (mm) |
Forço do fio (R tex) |
120 |
950 |
80 |
650-950 |
60 |
650-950 |
40 |
650-950 |
Pofêncio (arrastäo) = 150 a 300 cv * |
|
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
200 |
1660-2500 |
160 |
1 300-1 550 |
120 |
1300-2 000 |
80 |
950-1 550 |
60 |
850-1 190 |
40 |
850-1 020 |
Potência (arrastäo) = 300 a 800 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
800 |
5550 |
400 |
3570 |
200 |
2500-3 030 |
160 |
1660-2 500 |
120 |
1550-2500 |
80 |
1300-2 500 |
60 |
1 190-1 540 |
40 |
940-1 200 |
∎
Potôncia (arrastao) = 150 a 200 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
400 |
2500 |
200 |
1 190-1 310 |
160 |
950-1 190 |
120 |
650-950 |
80 |
650-950 |
40 |
450 |
40 |
950-1 310 |
Potência (arrastao) = 400 a 500 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
800 |
3 700 |
400 |
2500 |
200 |
1 310-1 660 |
160 |
1 190-1 310 |
120 |
950 |
80 |
650-950 |
40 |
650-950 |
40 |
1660 |
Potência (arrastûo) = 700 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (P. tex) |
800 |
7140-9 090 |
400 |
3 700-5 550 |
200 |
2 500-3 700 |
160 |
2500 |
120 |
1660 |
80 |
1660 |
40 |
1660 |
40 |
2500 |
∎
Potência (arrastûo) = 2 x100-300 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
800 |
3 030-4 000 |
400 |
1 190-2 280 |
200 |
1 190-1 540 |
120 |
950 |
80 |
650-950 |
40 |
650-950 |
Potência (arrastûo) = 2 x 300-500 cv * | |
Malhagem estirada (mm) |
Força do fio (R tex) |
800 |
5550 |
400 |
2 280 |
200 |
1540 |
120 |
950-1 190 |
80 |
950-1 190 |
40 |
950-1 190 |
* para potênclas a utilizar, ver p. 95
Potência em (cv) = l,36x Potência em (kW)
∎
1) Arrasto com uma embarcaçao
À potência motriz do arrastâo corresponde, de acordo com o tipo de arrasto que se
prétende praticar, uma certa superficie de flo das redes de
arrasto. Torna-se, pois, necessârio escolher uma rede de arrasto que possua essa su-Derfîcie de
fio.
Para uma mesma potência motriz, a superficie de fio de um dado tipo de rede de arrasto pode variar em funçâo de diferentes factores: potência realmente dis-ponïvel, taxas de utilizaçâo da mâquina do navio, tipo de arma-mento da rede, malhagens, natureza dos fundos, força das correntes,...
2) Arrasto de
parelha
As superficies de fio (m2) das redes de arrasto
para parelhas devem ser multiplicadas pelos
seguintes factores:
lipo de rede de arrasto |
1 |
2 |
3 |
4 |
Factorde muliplicaçao |
2,4 |
2,2 |
2 |
2 |
∎
Conhece-se a rede de arrasto (1) utilizada pelo arrastâo com potência P, (cv) ; se a potência da nossa embarcaçao é P2 (cv), para se obter as dimensöes da rede de arrasto (2) multiplica-se as dimensöes em altura e largura de cada malheiro da rede de arrasto (1) por
* para potências a ufilizar, ver p. 95
Potência em (cv) = 136 x em (kW)
Redes de arrasto: aberturas das redes de arrasto pelo fundo
∎ Rede de arrasto pelo fundo de pequena abertura vertical
∎ Rede de arrasto pelo fundo de grande abertura vertical
∎ Rede de arrasto pelo fundo para camarões plana ou semi-baläoi
N ou n = número de malhas em largura (porfios nâo incluidos) ao nível da primeira
barriga inferior ou da face lateral
CP = comprimento (em metros) do cabo de pana (chicotes nao incluidos)
ME =
comprimento de uma malha estlrada
(em metros) ao nível
considerado
AH = afastamento horizontal aproximado (em metros) entre as pontas das asas
(abertura
horizontal da rede)
AV
= abertura vertical aproximada
em metros (afastamento entre
o cabo de pana e o arraçal)
∎ Rede de arrasto pelo fundo de grande abertura vertical, com 4 faces
∎ Rede de arrasto pelâgico para 1 embarcaçâo
∎ Rede de arrasto pelâgico para 2 embarcaçoes
N ou n = numéro de malhas em largura
(porflos nao incluidos) ao nivel da primeira barriga inferior ou da face lateral
CP = comprimento (em métros) do cabo de pana (chicotes näo incluidos)
ME = comprimento de uma malha
estirada (em métros) ao nïvel conslderado
AH =
afastamento horizontal aproximado (em métros)
entre as
pontas das asas (abertura
horizontal da rede)
AV
= abertura vertical aproximada
em métros (afastamento entre o cabo de pana e arraçal )
Principals tipos, regulações, comprimentos relatives
∎
∎
∎
∎
CR até 2,2
vezes a sonda em grandes fundos
CR até 10 vezes a sonda em fundos Baixos
Regra gerai:
CR = cabo real largado (m)
M = comprimento das malhetas, ou das
malhetas + tirantes, ou dos pés de galinha (m)
* Limitado a um ou alguns elos
da corrente de regulaçao Para
as potêneias a utillzar, ver p. 95
Potência em (cv) =
1,36 x Potência em (kW)
∎ Redes de arrasto pelo fundo de grande abertura vertical: pés de galinha
∎
*
Para as potênclas a utllizar, ver
p.
95
Pptêncla ern(cv) = 1 .36 x Potôncia
em
(kW)
∎
∎
P = potência dos arrastöes *
L = distância rede de
arrasto-arrastäo
G = Lastro nas pontas das
asas da rede de arrasto
d = Afastamento entre arrastões
* Para as
potências a utilizar, ver p. 95
Potência em (cv) = 1,36 x Potência em (kW)
É necessário estlmara inclinaçao dos cabos reais
Atenção: unicamente na falta de sonda da rede (no cabo de pana), Métodos muito imprecisos poderão auxiliar a evitar que a rede toque no fundo
Se se dispôe de um inclinómetro ou de outro sistema de medir a inclinaçao dos cabos reais
Sem inclinómetro ou outro sistema
Distânaa medida D(cm) |
CABO REAL LARGADO (m) | ||||
100 | 200 | 300 | 400 | 500 | |
99 |
14 |
27 | 42 |
56 |
70 |
98 |
21 |
42 |
62 |
83 | 103 |
97 |
75 |
49 |
72 |
94 | 116 |
96 |
28 |
57 |
82 |
106 | 130 |
95 |
31 |
62 |
92 |
123 | 153 |
94 |
34 | 68 | 103 | 138 | 174 |
∎
Tipos
do Golfo do Mexico
Exemplos de malhagens (malhas estiradas em mm) Guiana francesa: 45 Africa ocidental: 40-50 Golfo Pérsico: 30-40/43-45 Madagascar: 33-40 India: 50-100 Austrália: 44
Emzonas tropicals, orendi-mento da pesca é pro-porcional à abertura hori-zontal da rede de arrasto. Com a flnalidade de obter a maior abertura horizon tal possîvel, existem:
1) Tipos particulars de redes de arrasto
2) Armamento especial
∎
(Este armamento permite alimentär o rendimento em camarôes de 15 a 30% em relaçâo à utilizaçâo de uma sô rede de arrasto).
Velocidade de arrasto = 2,5 a 3 nos.
Potęncia motriz (cv) * | Comprimentos (m) | ||
cabo de pana |
Pés de galh-iha |
Plumas |
|
Ï50-200 | 12-14 | 33 | |
200-250 | 15-17 | 35 | 9 |
250-300 | 17-20 | 40 | |
300-400 | 20 | 45 | 10 |
500 | 24 | 50 | 12 |
Sonda (m) |
Cabo largado (m) |
-20 |
110 |
20 a 30 |
145 |
30 a 35 |
180 |
35 a 45 |
220 |
* Para as potênclas a utillzar. ver p. 95
∎
∎
∎
Redes de arrasto: fltuação e lastragem médias
Potęncia real (cv) * | ||||||
F1 (kgf) P (cv)* | Ll (kg au P (cv) * | F2 (kgf) p (cv) * | L2 (kg ar) P (cv)* | F3 (kg ar) P (cv) * | L3 (kg ar) P (cv ) * | |
50 | FI =Px ,.,.. | Ll =Px | F2 = Px ,.. | 12= PX .,,.. | F3=Px..,.. | L3=PX..,.. |
100 | 0,20 | 0,28 | 0,27 | 0,29 | 0,28 |
0,33 |
300 | 0,20 | 0,25 | 0,24 | 0,27 | 0,25 |
0,31 |
400 |
0.20 |
0,22 |
0,22 |
0,24 |
0,22 |
0,28 |
600 |
0,30 |
0,22 |
0,21 |
0,23 |
0,21 |
0,27 |
800 |
0,18 |
0,20 |
0,19 |
0,22 |
0,19 |
0,26 |
- Para as flutuações, os valores indicados correspondem a redes de poliamida (nylon), fibro sinféfica com flutuabilidade negativa. Para as redes de têxti! îlutuante (PE, PP),pode-se diminuïr a fiufuaçào de 10a 15%.
--"Os lastros indicados sào estimados a mais ou menos 10 %, podem variar em funçoo da velocidade de arrasfa, da naturezo dos fundos, do número de flutuadores, das expéciesa capturar, etc, Estes pesosforam estabeiecidos olravés do emprego de correntes de ferro. Para materials de outra natureza, a respectives densîdade deverá ser tomada em linha de conta,
EXEMPLO:
Para um peso na ögua équivalente, 3 a 3,5 kg de rodelas de borracha no ar correspondem a 1 kg de corrente de ferro no ar (ver p. 4).
* Para as
potêneias a utilizar. ver p. 95
Potencies em (cv) - 1.36 x Potência em (kW)
Redes de arrasto: exemplos de arraçais
∎ (abertura vertical maxima); bichanas de PP entrançado, arraçaJde cabochumbodo. |
|
∎ |
|
∎ |
|
∎ |
|
∎ |
|
∎ |
∎
∎
Afastamento entre as pontas das asas da rede de arrasto, AH
Exemplo:
Seja uma rede de arrasto com 25 m
de comprimento (sem saco) armada com malhetas de 50 m; para urn dado comprimento de cabo real largado, o afastamento entre
portas de arrasto (D) é de 40 m:
Proporçôes de diferentes tipos de portas de arrasto
∎
∎
∎
∎
∎
∎
∎
∎
a = Lx 1 a 2
Geralmente a = b
oub = a + 2a 5%deL (mas em fundos de
vasa mole ou coral, as portas de arrasto podem ser
reguladas para assentar sobre a sua parte de trâs: (a) maior que
(b).
Subir um pouco os triângutos se possivel | |
Descer um pouco os triân-guloss se possivel, ou juntar arrastos suplementares | |
Alongar o brinco superior (a) ou reduzir o brinco Inferior (b) | |
Reduzir o brinco superior (a) ou alongar o brinco inferior (b) |
∎
Os pesos Indicados abaixo sâo valores máximos. Para uma dada potência utilizam-se, no entanto e frequentemente, portas de arrasto com a superficie Indi-cada mas urn pouco menos pesadas (até cerca de metade).
Potência * (cv) | Portas de arrasto rectangulares | Portas de arrasto ovais côncavas | Peso (kg) | ||||
Dimensöes | Superf. | Dimensöes | Superf. | ||||
L (m) |
h (m) |
m2 |
L (m) |
h (m) |
m2 |
||
50-75 |
1,30 |
0,65 |
0,85 |
45 |
|||
100 |
1.50 |
0,75 |
1,12 |
1,40 |
0,85 |
0,93 |
100-120 |
200 |
2.00 |
1,00 |
2,00 |
1,75 |
1,05 |
1,45 |
190-220 |
300 |
2,20 |
1,10 |
2,42 |
1,90 |
1,10 |
1,65 |
300-320 |
400 |
2,40 |
1,20 |
2,88 |
2,20 |
1,25 |
2,15 |
400-420 |
500 |
2,50 |
1,25 |
3,12 |
2,40 |
1,40 |
2,65 |
500-520 |
600 |
2,60 |
1,30 |
3,38 |
2,à0 |
1,50 |
3,05 |
600-620 |
700-800 |
2,80 |
1,40 |
3,92 |
2.90 |
1,60 |
3,65 |
800-900 |
∎ Em V
Potência * (cv) |
Superficie (m2) |
Peso (kg) |
100 |
1,40 |
240 |
200 |
2,10 |
400 |
300 |
2,50 |
580 |
400 |
2,90 |
720 |
500 |
3,30 |
890 |
600 |
3,60 |
1000 |
700 |
3,90 |
1 100 |
800 |
4,20 |
1200 |
∎ Para camarôes (com plumas)
Potência * (cv) |
Dimensöes (m) |
Peso (kg) |
100-150 |
1,6 x 0,8 - 2,4 x0,9 |
60-90 |
150-200 |
2 x 0,9 - 2,45 x 1 |
90-100 |
200-250 |
2,4 x 1 - 2,45 x 1 |
120 |
250-300 |
2,5 x1 - 2,7 x 1,1 |
160 |
300,450 |
3 x 1,1 - 3 x 1,2 |
220 |
450-600 |
13 x 1,1 - 34 x l,3 |
300 |
∎ Pelâgicas, Suberkrub
Potência * (cv) | Dimensöes |
(m2) |
Peso (kg) | |
H (M) | L (M) | |||
150 |
1,88 |
0,80 |
1,50 |
90-100 |
200 |
2,05 |
0,87 |
1,80 |
110-120 |
250 |
2,12 |
0,94 |
2,00 |
150-160 |
300 |
2,28 |
0.97 |
2,20 |
170-180 |
350 |
2,32 |
1,03 |
2,40 |
220-240 |
400 |
2,42 |
1,07 |
2,60 |
240-260 |
450 |
2,51 |
1,12 |
2,80 |
260-280 |
500 |
2,68 |
1,14 |
3,00 |
280-300 |
600 |
2,86 |
1,22 |
3,50 |
320-350 |
700-800 |
3,00 |
1,33 |
4,00 |
400-430 |
Exemplo da relaçâo entre a superficie de f io (ver p. 37) de uma rede de arrasto pelâgico (SF, em m2) e a superficie da porta de arrasto (SP, em m2) adaptada a essa rede:
SP = (0.0-152 x SF)+ 1,23
* Para aspotênclas a utlllzar, ver p. 95
Potência
em (cv) = 1,36 x Potência em (kW)
Redes de arrasto: portas elevatórias
∎ Exemplo numa rede de arrasto 25,5/34
Potência* (cv) |
L x ג (ml) |
150-250 |
0,55 x 0,45 |
250-350 |
0,60 x 0,45 |
350-500 |
0,65 x 0,50 |
500-800 |
0,80 x 0,60 |
Nota: A porta elevatôria pode ser substltuida por uma peça de lona colocada a partir do cabo de pana contra o quadrado da rede de arrasto.
* Para as potênciasa utilizar, ver p. 95
Potência em
(cv) = 1.36 x Potência em (kW)
∎ Caracferfsficas dos cabos reais de aço de acordo com a potência do arrasfào
Potência (cv) * |
Ř (mm) |
kg/m |
R (kgf) |
100 | 10,5 | 0,410 | 5 400 |
200 |
12,0 |
0,530 |
7000 |
300 |
13,5 |
0,670 |
8800 |
400 |
15,0 |
0,830 |
11 000 |
500 |
16,5 |
1,000 |
13 200 |
700 |
18,0 |
1,200 |
15800 |
900 |
19,5 |
1,400 |
18400 |
1 200 |
22,5 |
1,870 |
24 500 |
R = Resistência à ruptura
∎
Cabo real
largado, de acordo
com a sonda, em arrasto
pelo fundo (coeficiente de largada)
(para
fundos baixos (< 20 m), o cabo
real largado nào deve ser
inferior a 120 m).
Curva dada a tïtulo indicativo; o mestre decldirâ, de acordo com a natureza do fundo, o estado do mar, as correntes,.
*
Para as potênclas a utilizar, ver p. 95
Potôncla em (cv) = 1.36 x Potência em (kW)
Redes de arrasto: velocidade de arrasto
Principals grupos de espécles |
Velocidade média de arrasto (nos) |
Camaröes, espécies de pequenos peixes de fundo, peixes chatos |
|
- arrastöes muito pequenos |
1,5-2 |
- arrastöes médios e grandes |
2,5 - 3,5 |
Peixes de fundo de tamanho médio e pequenos pelâgicos |
|
- arrastöes pequenos |
3-4 |
- arrastöes médios e grandes |
4-5 |
Cefalôpodes (lulas, chocos,...) |
3,5 - 4,5 |
Peixes pelâgicos (de tamanho medio) |
≥ 5 |
Redes de arrasto: potência do arrastão
p = Potência nominal da mâquina = Potêncla ao frelo = BHP
É a potência normalmenteblos vapor) ou em kW (quilowatts)
1 cv = 0,74 kW
1 kW = 1,36 cv
∎ Potência disponîvel para o arrasto (P)
1) com mar calmo p = 3/4 P x K
Hélice |
k | |
Passo fixo |
Mâquina lenta |
0.20 |
Mâquina râpida |
0,25-0,28 | |
Passo variâvel | 0,28 - 0,30 |
Com k variâvel de acordo com o hélice e o regime da mäquina
2) com mar agitado, p é reduzido de um terço.
A potência disponîvel para o arrasto représenta 15 a 20% da potência nominal. Esta potência é utilizada na tracçâo da arte de pesca e respectivo arma-mento.
IMPORTANTE
∎
Escolha das caracteristicas da arte de pesca e respectivo
armamenro em funçao da potência
Os quadras e tabelas présentes
neste guia que comportam uma indicaçao da potência do arrastâo
fazem referenda à potência nominal
da
mâquina
(PN)
ou
(P).
Se o arrastâo tem um hélice normal, nâo tem tubeira e apresenta uma taxa de reduçâo média (2 a 4:1), poder-se-à analisar os quadros e tabelas tal quai se encontram.
Se o arrastâo tem um hélice de passo variâvel e/ou uma tubeira, sera ne-cessârio, para utilizar os quadros e tabelas, calcular previamente uma potência nominal aparente.
Potência Nominal Aparente (PNA) (cv) = Tracçâo (kg) ao ponto fixo x 0,09
Ex: Um arrastâo com hélice de passo variâvel e tubeira esta equipado com uma mâquina com Potência Nominal (PN) = 400 cv, sendo a respectiva tracçâo ao ponto fixo de 6 000 kg.
As caracterísficas da arte de pescae respectivo armamentoserâoescolhidas em funçâo de uma Potência Nominal Aparente de 6 000 x 0,09 = 540 cv e nâo em funçao de 400 cv.
∎ Tracçâo exercida pelo arrastào ao ponto fixo (velocidade = 0)
Tracçâo T0 (kg) =
10 a 12 kg por cv de potência nominal com hélice normal
13 a 16 kg por cv de potência nominal com hélice de passo variâvel ou tubeira
∎ Tracçâo exercida pelo arrastào em pesca
- A partir da potência da mâquina:
- A partir da tracçào ao ponto fixo:
Para que dois navios com caracterîsti-casdiferentes arrastem em parelha, escolher regimes de mâquinas apropriadas para cada uma das unidades
O navio A reboca o barco B com áquina desembraiada, à velocidade escolhida, por exemplo 2 nós.
Em seguida a mâquina do navio B é em-braiada e o respectivo regime aumen- tado progressivamente are ao momento em que B retem o navio A.
Anota-se entào, para a velocidade de arrasto de 2 nos, os regimes das mâquinas dos navios A e B.
Repete-se as mesmas operaçôes para outras velocidades de arrasto com a finalidade de cobrir a gama de velocidades habitualmente utilizadas em arrasto.
Velocidade (nos) | Regime (r.p.m.) | |
Mâquina A |
Mâquina B |
|
2 | — | — |
2,5 | — | — |
3 | — | — |
Rede de emalhar |
Embarcaçâo |
Calada sobre o fundo |
Comp. f.f. 5-15 m |
Para santolas |
cv 15-120 |
Bretanha, França |
∎ Escolha da malhagem em funçâo da espécie a capturar
Existe uma relaçâo entre a malhagem da rede e o perimetro do corpo ou o comprimento do peixe que se prétende capturar (formula de FRIDMAN)
em que:
L (peixe)
(mm) = comprimento medio dos peixes a
capturar
AM (mm) =
vazio da malha
K = coeficiente em funçâo da espécie
K = 5 para os peixes longos e estreitos
K = 3,5 para os peixes médios
K = 2,5 para os peixes "volumosos", altos ou largos
A tîtulo indicativo - alguns exemplos de malhagens adoptadas, expressas em "malha estirada" e em mm:
Peixes demersais (trôpicos e equador) |
|
Barbudos |
120-140 |
Tainha |
110-120 |
Corvina |
160-200 |
Dourada |
140-160 |
Barracuda |
120 |
Polinemideos (Barbudos) |
50 |
Roncadores |
50 |
Bagres |
75 |
Peixes demersais (zona setentrional) |
|
Bacalhau |
150-170 |
Badejo |
150-190 |
Badejo (Pacifico) |
90 |
Linguado |
110-115 |
Pescada |
130-135 |
Salmonete |
25 |
Alabote (Groenlandia) |
250 |
Tamboril, Pregado |
240 |
Crustâceos |
|
Camaräo (India) |
36 |
Lagosta verde |
160 |
Lagosta vermelha |
200-220 |
Santola |
320 |
Caranguejo real |
450 |
Pequenos peixes pelâgicos | |
Peixe-rei, Espadilha |
22-25 |
Arenque |
50-60 |
Anchova |
28 |
Sardinha |
30-43 |
Sardinela |
45-60 |
Galucha |
60-80 |
Sarda pequena |
50 |
Sarda grande |
75 |
Cavala |
100-110 |
Carapau |
100-110 |
Grandes peixes pelâgicos e tubaröes |
|
Gaiado |
80-100 |
Espadim, Veleiro |
120-160 |
Bonito, Sarda |
125 |
Rabilo |
240 |
Tubaröes |
170-250 |
Espadarte |
300-330 |
Salmâo |
120-200 |
Redes de emalhar: fio
∎ Natureza do fio dos panos de rede
O fio deve ser f ino, mas näo em excesso, para näo ferir os peixes emalhados; resistente, sobretudo para as redes de emalhar fundeadas, de acordo com o tamanho dos peixes e as dlmensöes das malhas; pouco visïvel, com uma côr que se conf unda com o meio ou mesmo invisîvel (mono ou multifilamento); flexivel.
Noto: ter em llnha de conta o facto de que um fio, antes de partir, pode alongar-se de 20 a 40%.
∎ Escolha do diâmetro do fio
O diâmetro do fio a utilizar sera propor-cional à dimensâo da malha: a razâo
(nas mesmas unidades) deve estar com-preendlda de 0,005 para as redes utili-zadas em âguas calmas, com capturas limitadas, a 0,02 para as redes dérivantes ao largo ou fundeadas. A razâo média é igual a 0,01.
∎ Grossura do fio necessâria de acordo com a dimensâo da malha e a utilizaçâo da rede de emalhar
Vazlo da Malha |
Âguas intenores, lagos, nos |
Âguas costeiras |
Âguas do largo | |||||
mm |
Murritl m/kg | Mono Ř (mm) | Muttifl m/kg | Mono. Ř (mm) | 1 Multlmono nx a (mm) | Multtfl m/kg | Mono. Ř (mm) | Multlmono n x 0 (mm) |
30 | 20 000 | 0,2 | 10 000 | 0,4 | ||||
6 660 | ||||||||
50 | 20 000 | 13 400 | 0,2 | 6 660 | ||||
60 | 13 400 | 0,2 | 10 000 | 4 440 | ||||
80 | 10 000 | 6 660 | 4 x 0,15 | 4 440 | 0,28-0,30 | 6 a 8 x 0,15 | ||
100 | 6 660 | 4 440 | 0,3 | 3 330 | 0,5 | |||
120 | 6 660 | 4 440 | 0,35-0,40 | 3 330 | 0,6 | 6 x 0,15 | ||
140 | 4 440 | 3 330 | 0,35 | 6 x 0,15 | 2 220 | 8 x 0,15 | ||
160 | 3 330 | 3 330 | 0,35 | 8a 10 x 0,15 | 2 220 | 0,6-0,7 | ||
200 | 2 220 | 2 220 | 1 550 | 0,9 | 10 x 0,15 | |||
240 | 1 550 | 1 550 | 1 110 | |||||
500 | 1615-2 2200 | |||||||
600 | 1615-2 2200 | |||||||
700 | 2 660 |
∎ Influência do coeficiente de armamento sobre o modo de funcionamento da rede em pesca
Geralmente, o coeficiente de arma-mento horizontal Eutilizado nas redes de emalhar esta proximo de 0,5 (ver p.38)
- Se E é menor que 0,5, a rede de emalharactuarâmaisporenredamento, e poderâ capturar uma variedade importante de espécies diferentes. É o caso da maior parte das redes fundeadas.
- Se E é maior que 0,5, a rede actuarâ mais por acçâo de emalhar, sendo, pois, mais selectiva que no caso précédente. É o caso da maior parte das redes de emalhar dérivantes.
∎ Exemplos de montagens
Empregues sobre o cabo das cortiças
Empregues sobre o cabo dos chumbos
∎ Rede de tresmalho
Fundeada ou dérivante para camaröes Sri Lanka
∎ Escolha das malhagens em funçâo do tamanho das espécies alvo
Miûdo (pano central):
A respectiva malhagem deve ser suficientemente reduzida, tendo em linha de conta o tamanho dos peixes mais pequenos que se prétende capturar . A tîtulo indicativo. pode fazer-se referenda à formula de FRIDMAN aplicada aos sacos das artes de pesca:
em que:
AM (mm) = vazio da malha do miüdo
L (mm) = comprimento dos peixes mais pequenos cuja captura é visada
K = coeficiente dependente da espécie
K = 5 para os peixes compridos e estreitos
K = 3,5 para os peixes médios
K = 2,5 para os peixes "volumosos", altos ou largos
Alvitanas (panos exteriores):
As respectivas malhagens serâo 4 a 7 vezes maiores que a malhagem do miüdo.
∎ Altura estirada do miüdo
A altura estirada do miüdo deve ser uma vez e meia a duas vezes a altura estirada das altivanas.
∎ Altura prâtica na âgua
A altura prâtica na âgua é condi-cionada pela altura das altivanas, devendo o miûdo apresentar bastante folga.
∎ Coeficiente de armamento dos panos
O coeficiente de armamento horizontal encontra-se, a maior parte das vezes, proximo dos seguintes valores:
E do miúdo = 0,4 a 0,5
E das altivanas = 0,6 a 0,75
∎ Redes de emalhar dérivantes
F (gf/m) | 100-160 | F2 = 60-120 | 600-1500 |
P (g/m) | 50-80 | F1 = 60- 80 | 300-1000 |
F/P | = 2 | F2/P2 = 2-2.5 | = 1.5-2 |
Comp, cabo chumbos/Comp, cabo cortiças …1 |
F1 =- pf + P1 pf = peso da rede na ägua |
∎ Redes de emalhar e de tresmalho fundeadas de fundo
F Igf/m) | 40-80 | 100-200 |
P (g/ml | 1 20-250 | 250-400 |
F/P | Comp. caba chumbos/Comp. cabo Cortiças < 1 | F1 = pf + P1 pf= peso da rede na água |
Comp, cabo chumbos/Comp, cabo cortiças … 1 |
Observaçôes: Nâo foram levados em linha dos conta os pesos dos ferros (âncoras, fateixas, etc.)
Redes de emalhar: armamento
Exemplos
∎ Fundeadas (redes de emalhar e tresmalhos)
∎ Derivantes (exclusivamente redes de emalhar)
Covo | Embarcaçâo |
Para caranguejos | Comp. f.f. 12-15 m |
Hokkaido, Japào | cv 40-100 |
Terra Nova, Canada |
Estas artes de pesca, que podem ser utilizadas na pesca de peixes, crustâceos e moluscos, apresentam-se sob uma grande variedade de formas e de dimensôes, e sâo constituidas por materials muito diversos.
Podem ser utilizadas fundeadas ou a meia âgua, iscadas ou nâo.
∎ Escolha do volume das armadilhas e covos
O volume interior disponîvel para a captura deve ser suficientemente importante a fim de evitar todo o fenômeno de saturaçâo.
Para além de um certo nîvel de exemplares capturados, uma armadilha ou um covo nâo é mais eficaz.
Em contrapartida, um volume importante pode, em certos casos, favorecer o canibalismo.
Alguns exemplos
Espécies |
País |
Volume (dm3)' |
Polvo |
6 |
|
Camarôes pequenos |
40-70 |
|
Caranguejos pequenos |
Japào |
70-90 |
Caranguejos |
Canada |
450 |
Caranguejo real, Caranguejo |
||
das neves |
Canada, USA |
2 500-4 500 |
Lagosta, Lavagante |
Europa |
60-130 |
Lavagante |
USA |
200 |
Lagosta |
Caraibas |
300-800 |
Lagosta |
Australia |
2500 |
Esparîdeos |
Marrocos |
150-200 |
Diversos peixes de recites |
Caraibas |
500-700 até 2 000 |
Robalo, Bolota |
Noruega |
1 300 |
Mero |
India |
1400 |
Mero negro |
Alasca |
1 800 |
* Todas as dimensôes utilizadas para o câlcuio do volume ( ver p. 157) da armadilha sôo expressos em decîmetros (dm).
Armadilhas e Covos: construção
∎ Escolha dos materials constitutivos
No processo de escolha dos materials a utilizar na construçâo de armadilhas e covos näo se deverâ esquecer a respective resistência à imersào, à corrosâo e à sensibilidade à âgua salgada.
∎ Paredes das armadilhas:
dimensào das malhas, afastamento das ripas
em relaçâo directa com os tamanhos das espécies alvo
- Alauns exemplos de malhagens das redes que recobrem as armadilhas
Espécies |
Malha em losango (mm} |
Camarões pequenos (Europa) |
8-10 |
Caranguejos pequenos (Japâo) |
12 |
Sapateiras (Europa) Caranguejos (canada, usa) |
30 50 |
Caranguejo real (Alasca) |
127 |
Lagosta (França, Marrocos) |
30-40 |
Lavagante |
25-35 |
Bolota, Robalo (Noruega) |
18 |
Esparîdeos diversos |
|
Mero (India) |
40 |
Mero negro (USA) |
|
Peixes de récites (Caraibas) |
15-20 |
Barbudos (Australia) |
Alternativas:
- Para covos para lagosta:
Malhas em triângulo 60 a 80 mm
Malhas rectangulares 50 x 25 mm Ripas paralelas, afastamento: 26 a 38 mm
- Para covos para peixes:
Malhas em triângulo para diversos esparîdeos 35 a 40 mm
Malhas rectangulares para peixe carvâo (USA) 50,8x50,8 mm
Malhas hexagonais para barbudos (Australia) 25 a 40 mm .
∎ Lastro
O lastro utilizado nas armadilhas é muito variâvel, entre 10 e 70 kg por unidade, de acordo corn o tipo e o tamanho da armadilha, bem como corn a natureza dos fundos e as correntes.
∎ Forma dos endiches
Entrada em forma de cone ou de pirâmide troncada, direita ou por vezes.em cotovelo (ver covo para Lucianos das Caraibas).
∎ Posiçâo dos endiches
Alguns exemplos:
Covos para peixes e cefalôpodes: endiche (s) no (s) lado (s) dos covos
Covos para crustâceos: endiche (s) no (s) lado (s) ou na parte superior dos covos
Armadilhas e Covos: endiches, dimensões
∎ Diâmetro das entradas dos endiches
O diâmetro das entradas dos endiches tem relaçâo directa com a natureza e o tamanho das espécies alvos.
Alguns exemplos:
Espécies |
País |
Diâmetro das entradas (cm) |
Camaröes pequenos |
4-6 |
|
Caranguejos pequenos e |
||
médios |
Japào |
14-17 |
Caranguejo das neves |
Canada |
36 |
Caranguejo real |
Alasca |
35-48 |
Lagosta |
Europa |
10-20 |
Australia, Caraibas |
23 |
|
Lavagante |
Europa |
10-15 |
Esparideos |
Marrocos |
7-10 |
Bolota, Robalo |
Noruega |
10 |
Mero |
India |
21 |
Peixe-carvào |
USA |
25 |
Barbudos |
Australia |
25-31 |
Lucianos |
Caraibas |
23 |
Armadilhas e Covos: diversos modelos
∎ Para peixes e cefalópodes
∎ Para crustáceos
A: Linha principal ou madré
B: Estralho ou Estrobo
∎ Resistência da linha
Resistência da linha principal (fio corn nó, molhado; kg) > peso mâximo de um peixe (mesmo no caso de haver vârios estralhos).
- Exemplos de resistência da linha principal tendo em atençào a captura esperada (valores expérimentais):
Espécie |
Resistência à ruptura em kg (fio com nô. molhado) |
Dourada. Bica, Lucianos |
7:15 |
Corvina, Safio, Cacao, Pargo |
15-30 |
Cherne, Mero, ßacalhau. |
|
Sargo, Moreia |
30-40 |
Lucianos, Mero |
100 |
Atuns, Albacora |
150-200 |
Resistência do estralho (fio com nô, molhado; kg) = 0,5 a 1 x Resistência da linha principal
Anzôis e iscos, ver p. 43 a 45
Velocidade de corrico de 2 a 7 nos, de acordo com a espécie a capturar.
A: Amortecedor |
DP: Depressor |
DV: Divergente |
Pb: Lastro |
Linhas de corrico: elementos do armamento
∎ Amortecedor
Para amortecer a tensào brutal exer-cida sobre a linha quando o peixe ferra o anzol.
∎ Depressor
Para se conseguir que a linha corrique em profundidade.
∎ Divergente
Para afastar a linha da esteira do navio e obter um corricar em profundidade.
∎ Palangre para caçôes, raias, saflo.donzela Mancha, França |
Embarcaçâo Comp. f. f. 14- 15 m TAB 20 - 30 CV150c |
Os palangres säo constituidos por uma linha principal (madre) dotada de estralhos terminados por anzôis.
∎ Escolha do material e do diâmetro da mha
É funcäo:
- da espécie alvo
-do tipo de
palangre: de fundo ou
dérivante -das condiçôesdeutilizaçâo:
manual
ou mecânica
Para escolher o diâmetro - e. em consequência, a resistência à ruptura - deve ser tido em consideraçào o tamanho dos peixes que se prétende capturar. bem como o deslocamento e, conse-quentemente, a inércla do navio utili-zador.
Pode emplrlcamente escolher-se uma Unna cuja resistência à ruptura (em kg, fio seco) seja:
- simultaneamente superior a 10
vezes à
tonelagem do palangreiro e ao
quadrado do seu comprimento
-pelo menos igual a 10 vezes o peso mâxlmo de um peixe
Ex.: Qual deverá ser a grossura minima da linha principal de um palangre visando a captura de douradas e ruivos por uma embarcaçào de 9 m de comprimento e 4 ton de arqueaçâo?
Resistência:
Superior a 4 (ton) x 10 | 40 kg |
Superior a9mx9m | 81 kg |
(se se pensa capturar peixes com pelo nhenos 10 kg)
Superior a 10 kg x 10d | 100 kg |
A madre poderâ ser, assim, de cabo torcido ou entrançado de nylon 0 2 mm (Res. 130-160 kg), de monofilamento de nylon 170/100 (Res. 110 kg) ou de polie-tileno 0 3m (Res. 135 kg).
∎ Estralhos
Os estralhos devem ser pouco visîveis na âgua, podendo ser algumas vezes de aço (para atuns e tubarôes, por exemplo).
Resistência à ruptura:
Deve ser pelo menos igual a 2 vezes o peso do peixe a capturar (fio com no, molhado).
(Praticamente. a resistência da madre sera igual a 3 a 10 vezes a do estralho).
Comprimento:
Regra gérai, é inferior a metade da distância que sépara dois estralhos sobre a madre (para evitar que dois estralhos ou anzôis consecutivos se empachem urn no outro).
∎ Anzôis
Os anzôis sào escolhidos, a partir da experlência prâtica, em funçâo do tamanho do peixe a capturar e do seu comportamento (o peixe nâo deverâ poder desferrar do anzol e, simultaneamente, deverâ permanecer vivo -ver p. 43 e 44).
Palangres fundeados (horizontals): armamentos diversos
∎ Semipelágico
∎ De fundo
Alguns exemplos:
Palangres : automatização das manobras
MODELO | ∎ Palangre armado em
definitivo
|
∎ Palangre desmontâvel | |
ARMAZENAGEM A BORDO | Madre
|
Estralhos (ou anzôis) |
|
LARGADA | Mâquina de iscar | ||
VIRAGEM |
∎ De superficie
∎ Fundeados
∎ Alguns tipos de ferros
∎ Caracterîsticas:
Arte de pesca rïgida re-bocada sobre o fundo (modelos para tundos moles, modelos para fun-dos duros)
Pequenas dimensöes
- Largura geralmente < 2 m, excepcionalmen-te até 5 m
- Altura sempre < 0,5 m Pesadas (aderència ao fundo)
∎ Diversos modelos, alguns exemplos
∎ Potência necessâria
1 cv por cada 2 kgde peso da draga
∎ Cabo de traccäo
Ûnico
∎ Largada de acordo com a altura de âgua e a velocidade
O cabo largado deve aumentar com a velocidade; geralmente 3 a 3,5 x a profundidade (2 a 2,5 nós)
Velocidade de dragagem
2 a 2,5 nos
∎ Armamento, alguns exemplos