Condições relativas à prática de pesca, tipos
de lâmpadas,
resistência dos cabos
eléctricos.
■ Condições relativas à prática de pesca com luz
|
Não |
Média |
Favorável |
|
Lua Côr do mar |
Cheia Castanhoescuro |
Amareloverde |
Nova |
|
Transparência Visibilidade (m) |
0 a 5 |
5 a l0 |
10 a 30 |
| Corrente | Forte a média |
Média a fraca |
Nula |
■ Tipos de lâmpadas e utilização
| Petróleo Gás | Eléctrica | |
|
Vantagens |
Bom comportamento |
Utilizáveis |
| Desvantagens | Fragilidade |
Caras, baterias |
Há Interesse em utilizar várias fontes luminosas de intensidade moderada e suficientemente espaçadas em vez de uma só fonte luminosa de forte intensidade.
A Iluminaçào de uma lâmpada fora de água é reduzida a metade quando comparada com a respectiva iluminaçào dentro de água (reflexào na superficie).
■ Resistência dos cabos eléctricos (Resistividade)
A alimentaçào das lâmpadas com voltagens fracas (ex.: 12 ou 24 volts) origina perdas importantes ao longo dos cabos condutores, pelo que estes últimos devem ser de maior diâmetro do que os utilizados com voltagens ele-vadas.
Resistência à corrente contínua (em Ohmios por quilómetro) de um condutor em cobre, em função da respectiva secção (rnm2).

Ben Yami. 1976.
Fishing with light.
FAO Fishing
Manuals. Fishing News
(Books), Ltd.
Escala (Depth range )
Frequência (Frequency). Frequências mais comuns: 30-50 kHz
|
Sonda de alta
frquência |
Sonda de baixa
frequência |
|
| Alcance | Para águas pouco profundas |
Para águas profundas |
|
Largura do feixe |
Estreito |
Largo |
| Precisão de detecção | Muito boa |
Fraca |
| Tamanho do transdutor | Pequeno |
Grande |
| Utilização normol | Pesca |
Navegação |
Alimentação eléctrica necessária a bocdo (voltagem, fonte de alimentaçào)
Se a alimentaçâo electrica da sonda é um pouco fraca, as suas prestações práticas
serão más.
Tipo de recepção: osciloscópio (lamp display-flasher ), papel (chart recorder ),
TV/côr (type display)
|
Sonda a papel |
Sonda a cores |
|
|
Vantagens |
Possibilidade de
guardar os registos |
Escala de côres alargada possibilitando analisar a força e a natureza dos ecos |
| Desvantagens |
Análise limitada da força |
Ausência de memória |
■ Outras
características, pré-determinadas
Comprimento de onda (wave lenght): λ = 1 500/frequência (Hz)
Quanto menor for, melhor será a precisão de detecção.
| Duração do impulso (pulse lenght): | impulso curto = 0,1 a 1 ms |
| impulso longo = > 2 ms |
Quanto mais curta for, melhor será a
precisão de detecção, apesar delà ser, de
facto, pré-determinada de acordo corn
a frequência de emissão e a profundidade
de sondagem.
| Largura do feixe (beam width ): | feixe largo = 20-30° |
| feixe estreito = 4-10° |
Potência de emissão (output power):
de 100 a 5 000 watts
Quanto mais potente for a sonda, maior será o seu alcance e a precisão de
detecção.
|
Sonda de navegaçâo |
Sonda de pesca |
|
|
Profundidade limitada a 100 m |
Frequência: 20-100 kHz |
Frequência: 100-400kHz |
|
Aguas mais profundus
profundidade |
Frequência: 10-20 kHz Duraçâo impulso: > 2 ms |
Frequência: 30-60 kHz Duração impulso: 1-2 ms |
■ Potência do guincho ou enrolador

em que:
P (cv) = potência do guincho ou do enrolador
T (kgf) = (força de) tracção do guincho ou do enrolador
v (m/s) = velocidade de viragem
Ao resultado há que adicionar:
+ 25% no caso de
transmissão mecânica
+100% no
caso de transmissão hidráulica
■ Regime de trabalho do guincho ou do enrolador

em que:
R (rpm) = regime de trabalho do guincho ou do enrolador
v (m/min) = velocidade de viragem desejada
Ø (mm) = diâmetro do tambor cheio
■ Tracção disponível a velocidade constante de acordo com o enchimento do tambor
O binário do motor (c) é constante

■ Tracção disponível para um certo nível de enchimento do tambor de acordo com a velocidade
Trabalho de um motor = Tracçào x Velocidade = Constante
Exemplo:
Tracção a meio enchimento a 1 m/s = 1,6 Ton
Tracção a meio
enchimento a 1,6 m/s =
1 Ton
(1,6 Ton x 1 m/s = 1 Ton x 1,6 m/s)
■ Tensão sobre o material enrolado

T (kgf) = tensão sobre o material enrolado
P (cv) = potência do guincho ou do enrolador
V (m/s) = velocidade de viragem
Nota: As características de um guincho ou de um enrolador são: os suas dimensões, a sua capacidade. a sua força de tracção (em tonetadas força ou em daN). ver p. 150 e 152
■ Guincho, força do guincho em relação ao peso da rede de cerco

em que:
F (Tonf) = força do guincho
PF (Ton) = peso da rede no ar
PR (Ton) = peso do cabo dos chumbos e das argolas
no ar
PL
(Ton) = peso do lastro no ar
Carcaferísticas de guinchos em uso para rede de cerco (Segundo Brissonneau e Lotz)
|
Cercador |
N.o de tambores |
Capacidade dos tambores |
Tracção |
Velocidade |
Potência |
|
| Cabo Ø(mm) |
Comp. |
|||||
| 20 | 2 | 15,4 | 1300 | 8 | 0,5 | 44 |
| 20-25 |
2 |
15,4 |
1800 |
11 |
0,42 |
70 |
|
25-30 |
2 |
17,6 |
1800 |
17 |
0,37 |
100 |
|
30-40 |
3 |
17,6 |
1800 |
21 |
0,30 |
|
|
17,6 |
800 |
21 |
0,30 |
100 |
||
|
17,6 |
600 |
21 |
0,30 |
|||
|
45-60 |
3 |
20 |
2220 |
27 |
0,35 |
|
|
20 |
975 |
27 |
0,35 |
150 |
||
|
20 |
975 |
24,5 |
0,35 | |||
| 60-75 |
3 |
22 |
2 420 |
27 |
0,35 |
|
|
22 |
1 120 |
27 |
0,35 |
300 |
||
|
22 |
1 120 |
24,8 |
0,35 |
|||
■ Enroladores de redes de cerco
Exemplos
Largura enrolador |
(m) |
3,00 |
3,90 |
| Diâmetro bolachas | (m) | 2.45 |
2,44 |
| Diâmetro eixo | (m) | 0,60 |
0,45 |
| Comprimento armado x altura estirada | |||
|
da rede de cerco |
(m) |
360 x 30 |
450 x 64 |
| Malhagem estirada (corpo da rede) | (mm) |
31,75 |
|
| Titulação (corpo da rede) | (R tex) |
376 |
* Potência em (cv) = 1,36 Potência em (kW)
|
Potêncio * |
Potência |
Capacidode do tambor |
Velocidade |
Esforço ao
Ø |
|
| Comp. (m) |
Ø cabo |
||||
| 50-75 |
200 |
6,3 |
500-750 |
||
| 100` | 25 |
700 |
10,5 |
1,00 |
900 |
|
200 |
40 |
1000 |
12,0 |
1,20 |
1600 |
| 300 |
60 |
1 250 |
13,5 |
1,35 |
2500 |
| 400 |
80 |
1 350 |
15,0 |
1,40 |
3500 |
| 500 |
120 |
2100 |
16,5 |
1,50 |
4500 |
| 700-800 | 165 |
2000 |
19,5 |
1,50 |
6500 |
* Para as
potências a utilizar, ver p. 95
Potência em (cv) = 1,36 Potência em (kW)
* * Esforço ao eixo, esforço tambor cheio
Esforço x Ø = constante, assim:

■ Características Técnicas
- Potência:

- Esforço
máximo: no máximo igual a
um terço
da resistência à ruptura
do cabo
real.
Para poder virar uma rede de arrasto, um guincho deve
ter condições para desenvolver o mesmo trabalho que o exercido durante o
arrastar da rede. A tracção do guincho ao diâmetro médio deve ser no mínimo
de 80% da tracção máxima do navio em pesca, ou melhor:
Tracção do guincho = 1,3 x tracção do arrastão
ao
diâmetro médio em pesca
■ Dimensões
- Diâmetro do corpo (ou do eixo): cerca de 14 a 20 vezes o diâmetro do cabo real.
- Altura do enrolamento (A - B / 2):
pelo menos igual ao diâmetro do corpo (ou do eixo)
■ Capacidade de um tambor de guincho
- Enrolamento mecânico

- Enrolamento manual, aumentar 10% ao valor encontrado no caso de um enrolamento mecânico.
Nota: devem ser aplicadas tolerôncias sempre que os acessórios forjddos (correntes. manilhas. tornéis ...) são enrolados juntomente com os cobos.
■ Capacidade de um tambor
Volume utilizável do tambor:

Nota: Volume de uma rede de arrasto (V) a partir do respectivo peso
(P):
Rede de arrasto pelágico: V(m3) = 3.5 x P (Ton)
Rede de arrasto pelo fundo armada: V(m3)
= 4 x P (Ton)
Desde que malhetas (e/ou tirantes) em cabo misto tenham de ser enrolados no tambor juntamente com a
rede,
o seu volume deve ser tornado em linha de conta. O mesmo acontece relativamente a flutuadores.
lastros ou correntes de lastragem. esteras
ou roletes...
■ Principais dimensões
Para os mesmos resultados de tracção, velocidade e capacidade, existe frequentemente uma certa hipótese de escolha quanto às principals dimensões a adoptar para um enrolador de rede.

B não pode variar muito para uma certa tracção.
| Tracção (Ton) |
B médio |
| <3 |
240 |
| 5-8 |
300 |
| 8-13 |
450 |
| 20-30 |
600 |
Assim, a partir de B serão escolhidos A e C de acordo corn o tipo de rede de arrasto, a utilização (armazenamento e/ou manobra) e espaço disponível a bordo.
■ Tracção
Para que a velocidade durante a vi-ragem se mantenha, a tracção ao eixo do tambor enrolador deve ser pelo menos igual à tracção do guincho com tambor cheio.
■ Velocidade
Deve ser igual ou superior a 30 m/min.
Algumas observações
Notar, de facto, que para uma dada capacidade, os resultados de tracção e de velocidade podem ser muito variados e de acordo com o pretendido.
|
Embarcação |
Capacidade (m2) |
Peso da rede (kg) |
Tracção lo volta (Ton) |
Velocidade m/min |
Peso do |
| 100 |
0,5 |
120 |
|||
|
200 |
1 |
250 |
|||
|
300 |
1,5 |
400 |
l-1,2 |
||
| 400 |
2 |
550 |
2-4 |
10 |
1,5 |
|
500 |
2,5 |
700 |
|||
|
600 |
3 |
800 |
6-10 |
13,5 |
1,7-1,8 |
|
700 |
3,5 |
1000 |
|||
| 800 |
4 |
1100 |
7-12 |
17 |
2-2,5 |
* Para as
potências a utilizar, ver p. 95
Potência em (cv) = 1.36 Potência em (kW)
■ Escolha do modelo

A rede não deve encher por completo a gola do power block; o modelo é escolhido em função da circunferência da rede de cerco toda junta, estimado por um de dois processos:
- Reunir o cabo dos chumbos com o cabo da cortiça para formar com a rede uma espécie de grosso "chouriço"; em seguida medir a circunferência deste "chouriço" com um fio fazendo-o passar entre os espaços dos chumbos e dos flutuadores
- Circunferência
(mm) =
450 x (0,00006 x R tex + 0,02) x √N
em que:
R tex = grossura do fio no corpo da rede
N = númro de malhas em altura da
rede de cerco
■ Tracção disponível
O power block deve ter a capacidade de virar 20 a 50% do peso total da rede (no ar) e a velocidades compreendidas de 30 m/min para urn pequeno cercador a 80 m/min para os maiores cercadores
| Capacidade (circunferência da rede em mm) |
Tracção |
| 500-800 |
0,5-1,5 |
|
800-1 100 |
1 -2 |
|
1 100-1 800 |
3 -5 |
|
1800-2500 |
6 -8 |
Relação observada, a nível dos fabricantes, entre a capacidade de power blocks e a tracção ao diâmetro médio
■ Características de power blocks utilizadas de acordo com o tamanho dos cercadores
| Cercador Comp. (m) |
Tracção |
Velocidade |
Potência |
| 9-12 |
0,5-1 |
30-40 |
8-16 |
| 12-24 |
1-1,5 |
30-40 |
13-20 |
| 18-30 |
2 |
40-50 |
30-45 |
| 24-39 |
4 |
40-50 |
60-85 |
|
24-34 |
5 |
40-70 |
80-150 |
| 30-75 |
6-7 |
40-90 |
90-220 |
* Potência em (cv) = 1,36 Potência em (kW)
Para além dos power blocks (ver p. 130)

■ Alador de linhas de corrico

■ Alador de linhas vertical, "Jigging machine"

■ Alador de palangres

■ Alador hidráulico de covos

■ Alador de covos com tomada de potência num motor fora de borda

| Nota: No limite de potência do motor (binário constante) do alador: | ||||
| quando a velocidode (e inversamente) |
↑ |
tracção de alagem |
↓ |
T x V = Constante = Potência do alador |
| quando o diâmetro do tambor (e inversamente) |
↓ |
tracção de alagem |
↑ |
T x Ø = Constante |
■ Alador de palangres
- Utilização de palangres com alguns quilómetros, 20 a 30 km ou mais, com estralhos próximos (5 m ou menos)
( a título indicativo, de acordo com a utilização normal)
Embarcação |
Ø linha |
Tracção |
Velocidade |
| < 10 | „6 | 200-300 | 20-40 |
| 10-15 | 6-12 | 300-400 | 60 |
| 15-20 | 8-16 | 500-700 | 70 |
- Palangres derivantes (tipo "long-line" japonês para atum):
comprimento
da ordem da centena de quilómetros.
com estralhos
espaçados 50 m ou mais
| Embarcação (tonelagem) |
Velocidade de alagem |
| 10 |
70-80 |
| 20 |
70-90 |
| 40 |
150-210 |
| 100 … | 180-260 |
■ Alador de redes
( a título indicativo, de acordo com a utilização normal)
| Embarcação comp. (m) |
Altura de |
Tracção |
Velocidade |
| 5-10 | < 100 | 150-300 | 20-35 |
| 10-15 | < 200 | 200-500 | 25-45 |
| 15-20 |
300 … |
500-900 |
50-70 |
■ Alador de covos
Rendimentos muito variáveis de acordo com os modelos e comparáveis aos dos aladores de linhas e de redes, excepto no que se refere aos modelos com tracção igual ou superior a 1 000 kg (1 000. 1 350, 1 500) e velocidade de alagem elevada.