GCP/RLA/075/ITA Documento de Campo 9 MANUAL SOBRE MANEJO DE RESERVATORIOS PARA A PRODUÇÃO DE PEIXES |
PROGRAMA COOPERATIVO GOVERNAMENTAL
FAO - ITALIA
DOCUMENTO PREPARADO PARA O PROJETO GCP/RLA/075/ITA APOIO |
AS ATIVIDADES REGIONAIS DE AQÜICULTURA PARA AMÉRICA LATINA |
E O CARIBE |
As denominações empregadas nesta publicação e a forma em que aparecem apresentados os dados que contém, não implicam, de parte da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, juízo algum sobre a condição jurídica de países, territórios, cidades ou regiões ou, anida, de suas autoridades, nem no que diz respeito a delimitação de suas fronteiras ou limites.
Este livro é propriedade da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, e não poderá ser reproduzido, nem em sua totalidade, nem em parte, por qualquer método ou procedimento, sem uma autorização por escrito do titular dos direitos autorais. As petições para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o propósito que com ele se persegue, deverão ser enviadas ao Director do Projeto GCP/RLA/075/ITA, C/O FAOR, C.P.07–1058, Brasília, D.F., CEP 70333, Brasil.
PREPARAÇÃO DESTE DOCUMENTO
Este manual foi preparado como parte das atividades do Trust Fund da FAO, Projeto GCP/RLA/075/ITA Apoio as Atividades Regionais de Aqüicultura para a América Latina e o Caribe. Nele se inserem as matérias teóricas e práticas ministradas aos alunos do Curso sobre Manejo de Pequenos Reservatórios para a Produção de Peixes, realizado no Centro de Pesquisas lctiológicas “Rodolpho von lhering” (Pentecoste, Ceará, Brasil), pertencente ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
Os apontamentos originais de aula foram revisados, atualizados e ampliados para formar as bases de um manual multidisciplinar, cujos princípios são de fácil aplicação para extensionistas em aqüicultura e pesquisadores que trabalham nesta atividade. O material aqui reunido poderá, também, ser utilizado como base para cursos similares, desde que dirigido para pessoal cujas experiências e conhecimento de aqüicultura não sejam muito avançados.
No manual são inseridos aspectos da adaptação de reservatórios para a piscicultura; povoamento de açudes com peixes selecionados; dinâmica de populações de peixes; métodos de aumento da produtividade aquática natural; artes de pesca e tecnologia da captura de peixes em reservatórios; administração e fiscalização da pesca em açudes; noções de processamento e conservação do pescado; outros sistemas de cultivos de peixes e aspectos econômicos da aqüicultura.
Participaram da elaboração deste manual os técnicos João de Oliveira Chacon, Francisco Hilton Nepomuceno, José Jarbas Studart Gurgel, José Oriani Farias, Expedito Araújo de Vasconcelos e José William Bezerra e Silva, todos do DNOCS; Pedro de Alcântara Filho e José Raimundo Bastos, ambos da Universidade Federal do Ceará; e Nino Merola e Juan Enrique Vinatea, ambos da FAO.
RESUMO
No presente manual, são apresentados os apontamentos (apostilas) de aulas ministradas durante o Curso sobre Manejo de Reservatórios para a Produção de Peixes, realizado pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), período de 29 de novembro a 18 de dezembro de 1987, sob patrocínio da FAO/SNAP. Abordam-se as seguintes matérias: Adaptação de Açudes para a Piscicultura; Métodos de aumento da Produtividade Aquática Natural; Cultivo de Alimento Vivo para Larvas e Alevinos de Peixes que serão Estabulados em Tanques, Represas e Reservatórios de Água; Povoamento e Repovoamento de Reservatórios; Dinâmica de Populações; Artes de Pesca e Tecnologia da Captura; Processamento e Conservação do Pescado; Outros Sistemas de Cultivos em Piscicultura; Administração e Fiscalização da Pesca em Açudes; e Noções sobre Manutenção de Registro e de Análise Econômicas para a Aqüicultura.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO
DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRA AS SECAS
Brasília, Brasil
Setembro, 1988
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Parte 1: ADAPTAÇÃO DE AÇUDES PARA A PISCICULTURA
1.1 Importância da pequena e média açudagem para criação de peixes
1.2 Finalidade e usos múltiplos dos açudes
1.2.1 Abastecimento público (municípios e adjacências)
1.2.3 Recreação (pesca esportiva, lazer e turismo)
1.2.6 Piscicultura (especificamente)
1.2.6.1 Piscicultura extensiva
1.2.6.2 Piscicultura intensiva
1.2.6.3 Piscicultura superintensiva
1.2.7 Aproveitamento hidroelétrico
1.3 Aproveitamento de represas para criação de peixes
1.3.1 Assoreamento da bacia hidráulica
1.3.2 Redução da descarga da bacia hidráulica
1.3.3 Turbidez elevada da água
1.3.4 Flutuação rápida e frequente do nível d'água
1.3.5 Elevado índice de carnívoros
1.3.6 Danificação do fundo pela canalização e/ou dragagem
1.3.7 Processo acelerado de eutroficação
1.3.8.1 Oxigênio dissolvido (O2 dissolvido)
1.3.8.2 Gás carbônico (CO2 livre)
1.3.8.3 O potencial hidrogeniônico (pH)
1.4 Melhoria das condições bio-ecológicas
1.4.1 Proteção de lagos e alagadiços marginais da bacia hidrográfica
1.4.2 Preservação de vegetação cilliar
1.4.3 Desmatamento da bacia hidráulica
1.4.4 Erradicação de espécies indesejáveis
1.4.5 Controle de vegetação aquática
1.4.6 Atenuação do impacto ambiental
1.4.6.1 Construção de obras de engenharia pesqueira
1.4.6.1.1 Estruturas para facilitar o acesso de peixes à represa
1.4.6.1.2 Estruturas para impedir o acesso de peixes à represa
1.4.6.2 Introdução de espécies de valor comercial (balanceamento de populações)
1.5 Referências bibliográficas
Parte 2: METODOS DE AUMENTO DA PRODUTIVIDADE AQUÁTICA NATURAL
2.1 O meio ambiente e a produção de peixes
2.1.1 As plantas acquáticas e ciliares
2.1.2 Condições físicas e químicas da água
2.1.2.1 Temperatura, cor e transparência
2.1.2.4 Sólidos Dissolvidos. Importância para a Produtividade. Lei de Liebig.
2.1.5 Concentração de íons de Hidrogênio (pH)
2.2 Manejo da qualidade da água
3.2 Importância do alimento vivo nas fases larvárias e alevinagem de peixes e crustáceos
Parte 4: POVOAMENTO E REPOVOAMENTO DE RESERVATÓRIOS
4.3.1 Pedido de Peixamento (PP) e Comprovante de Peixamento(CP)
4.3.2.1 Seleção dos exemplares
4.3.3 Acondicionamento para viagem
4.3.3.1 Vasilhame de ferro galvanizado
4.3.3.2 Caixa de fibra de vidro
4.3.3.3 Saco de polietileno (cloreto de vinilo)
4.3.3.5 Outros tipos não convencionais
4.3.4 Oxigenação da água durante a viagem
4.3.5 Redução do metabolismo dos peixes
4.3.7 Soltura dos alevinos na coleção d'água
4.3.7.2 Aclimatação à temperatura ambiente
4.3.7.4 Condições de vitalidade
4.4 Normas técnicas para operação de peixamento
4.4.1 Objetivo e campo de aplicação
4.4.2 Documentos complementares
4.4.2.2 Instruções internas do Departamento de Obras Contra as Secas- DNOCS
4.4.3.1 Estação de Piscicultura
4.4.3.14 Pedido de peixamento (PP)
4.4.3.15 Tanque de peixamento ou de alevinagem
4.4.3.26 Espécie para povoamento
4.4.3.27 Transporte do material vivo
4.4.3.28 Introdução do material vivo
4.4.3.29 Comprovante de peixamento(CP)
4.4.4 Diretrizes para a operação de peixamento
4.4.4.1 Critérios para atendimento
4.4.4.2 Equipamento e material
4.4.4.2.1 Preparativos para o transporte
4.4.4.2.3 Revisão do veículo de transporte
4.4.4.2.4 Material a ser conduzide
4.4.4.3 Alevinos ou Outro Material Vivo pare peixamento
4.4.4.3.1 Providências preliminares, seleção e manejo
4.4.4.4 Carregamento de material vivo para peixamento
4.4.4.4.1 Ouantidad de indivídos por coleção de água
4.4.4.4.2 Medidas de proteção ao material vivo rerante e transporte
4.4.4.5 Procedimentos para a introdução dos alevinos ov outro material vivo na coleção d'água
4.4.4.6 Preenchimento do comprovanto de peixamento (CP)
5.2 Amostragem em pesca e pisciultura
5.2.1 Amostragem ao acase(populaões homogênias)
5.2.2 Amostragem estratificada (populações estratificaóas)
5.2.3 Sub-amostragem ou amostragem de dois estágics
5.3.1.1 Análise da estruturs espacial (distribuição espacial)
5.3.1.1.1 Tipos de distribuição espacial
5.3.1.2 Análise da estrutura quantitativa
5.3.1.2.1 Tamanho da população
5.3.1.2.2 Estimativas de valores proporcionais a denside de da população
5.3.1.2.2.1 Para rede de arrasto com boca circular
5.3.1.2.2.2 Para uma armadilha com isca
5.3.1.2.3 Estimativa de valores proporclonais a tamanho da população
5.3.1.2.4 Tamanhos de classes da população
5.3.1.3 Análise da dinâmica quantitativa da população
5.4.1 A abundância (abundância relativa ou densidade)
5.4.8.1 Movimentos populacionais
5.5 As reações heterotípicas (relação piesa predador)
5.6 Sobrepesca, subpesca e rendimento sustentável
5.6.1 Produção máxima sustentável
5.7 Mortalidade natural, por pesca e total
5.7.1.1 Estimação por marcação
5.7.2 Coeficiente de mortalidade
5.8 Esforço de pesca, captura por unidade de esforço e rendimento de pesca
5.8.1 Curva de rendimento ou de produção
5.8.1.1 Produção máxima sustentável
Parte 6: ARTES DE PESCA E TECNOLOGIA DA CAPTURA
6.1 Características das artes de pesca
6.2 Confecção das artes de pesca
6.3 Emprego das artes de pesca
6.3.1 As redes de arrasto e de espera
6.3.10 A pesca de batido: Técnica, vantagens e efeitos prejudiciais
6.4 Embarcações pesqueiras: tipos e usos
Parte 7: PROCESSAMENTO E CONSERVAÇÃO DO PESCADO
7.1 salga e secagem do pescado
7.1.2 Matéria prima para a salga
7.1.3 Principios básicos da salga
7.1.8 Vantagens do processo de salga em salmoura úmida ou mista
7.1.12 Fatores que podem influenciar o processo de salga
7.1.16 Fatores relacionados à matéria prima
7.1.17 Fatores relacionados ao clima
7.1.18 Estabilização das proteínas em função do conteúdo de sal nos tecidos do pescado
7.1.19 Empilhamento do pescado salgado
7.1.20 Secagem do pescado salgado
7.1.21 Secagem natural do pescado salgad
7.1.22 Secagem artificial do pescado
7.1.23 Princípios básicos da secagem
7.1.24 Condições termodinâmicas de secagem
7.1.25 Fatores que influenciam a secagem
7.1.27 Controle da umidade final no produto
7.1.28 Decomposição do pescado salgado e seco
7.1.29 Estocagem do peixe salgado
Parte 8: OUTROS SISTEMAS DE CULTIVO EM PISCICULTURA
8.1 Piscicultura intensiva e semi-intensiva
8.1.1 Conceito e condições básicas para sua realização
8.1.1.2 Condições básicas para a piscicultura intensiva e semi-intensiva
8.1.2 Tanques e viveiros de piscicultura
8.1.2.1 Escolha do local para construção de tanques e viveiros de piscicultura
8.1.2.1.1 A água para abastecimento de tanques e viveiros
8.1.2.1.2 Terreno para construção de tanques e viveiros
8.1.2.2 Partes constituintes dos tanques e viveiros e suas construções
8.1.2.2.1 Caracteristicas gerais de um tanque ou viveiro
8.1.2.2.2.1 Levantamento plani-alimétrico
8.1.2.2.2.2 Projeto do viveiro
8.1.2.2.2.3 Desmatamento e destocamento da área
8.1.2.2.2.5 Sistema de esvaziamento e de renovação d'água
8.1.2.2.3 Viveiro de derivação
8.1.2.2.3.1 Levantamento plani-altimétrico
8.1.2.2.3.2 Elaboração do projeto
8.1.2.2.3.3 Desmatamento e destocamento da área
8.1.2.2.3.4 Marcação dos viveiros
8.1.2.2.3.5 Escavação dos viveiros
8.1.2.2.3.6 Impermeabilização do viveiro
8.1.2.2.3.7 Construção dos diques ou barragens
8.1.2.2.3.10 Sistema de abastecimento
8.1.2.2.3.11 Sistema de esvaziamento ou drenagem e de renovação de água
8.1.3 Escolha das espécies para os cultivos
8.1.4 Mono e policultivo de peixes
8.1.5 Fornecimento de alimentos artificiais
8.1.6 Despesca dos tanques e viveiros
8.1.7 Conservação das instalções piscícolas
8.2. Consorciação de peixes com peixes com outros animals domésticos
8.2.4 Consorciação com galiáceos e marroecos
8.3.1 Definição e características gerais
8.3.2 Preparação das parcelas para a rizipiscicultura
8.3.3 Espécies de peixes indicadas para a rizipiscicultura
8.3.4 Técnicas de plantio do arroz, estocagem dos peixes e manejo dos cultivos
8.3.5 Colheita do arroz e dos peixes
8.3.6 Cultivo alternado peixe e arroz
8.3.7 Vantagens e desvantagens ds riziplisclcultura
8.3.8 Produção e produtividade da rizipliscicultura
8.4 Referências bibliográficas
Parte 9: ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA PESCA EM AÇUDES
9.2.4 Tipos de aparelhos de pesca
9.2.6 Registro de aparelhos de pesca
9.2.7 Fornecimento de autorizações de navegação e de pesca
9.2.8 Coleta de dados estatísticos da pesca
9.3.1 Agente de fiscalização da pesca
9.3.4 Infração ao Código de Pesca, instruções e normas complementares emanadas da SUDEPE
9.3.5 Apreensão administrativa de bens da pesca
9.3.7 Termo de inutilização de equipamento da pesca
Parte 10: NOÇÕES SOBRE MANUTENÇÃO DE REGISTRO E DE ANÁLISE ECONOÔMICAS PARA A AOÜICULTURA
10.1.1 Registros de dados biológicos
10.1.2 Registros de dados econômicos
10.1.2.1 Registro de insumos e produtos
10.1.2.2 Registro de inventário, produção e uso de máquinas
10.2.2.3 Custo Total e Marginal
10.2.3 Aplicação dos conceitos de custos
10.3.1 Análise custo-benefício ou orçamento de atividade
10.3.1.1 Interpretação dos resultados
10.3.2 Análise parcial do orçamento
10.3.3.1 Período de recuperação do capital