Participaram na reunião delegados dos Países, nomeadamente, Comores, França, Kenya, Madagáscar, Maldivas, Maurícias, Moçambique, Seychelles, Somália, África do Sul e República Unida da Tanzânia.

Os Estados membros da Comissão Sudoeste do Oceano Índico, estiveram reunidos durante três dias para actualiar e harmonizar a estratégia para a gestão sustentável da pesca do atum e de outras espécies migratórias. A reunião que teve lugar na Cidade de Maputo, entre os dias 19 a 21 de Setembro do ano em curso, constitui a oitava sessão do grupo de trabalho de colaboração e coordenação da pescaria do atum.

Há mais de uma década, que o grupo de trabalho de colaboração e cooperação da pescaria do atum foi estabelecido pelos membros da Comissão das Pescarias do Sudoeste do Oceano Índico (SWIOFC) para lidar especificamente com assuntos relacionados com a pescaria do atum e de outros recursos altamente migratórios, e este grupo de trabalho levou à harmonização de uma visão comum sobre a gestão sustentável desses recursos, permitindo deste modo aos membros preparar, organizar e informar as sua recomendações e decisões ao nível das reuniões da Comissão do Atum do Oceano Índico (IOTC) ", disse o presidente do grupo de trabalho, Hosea Gonza Mbilinyi Mbilinyi, durante a abertura do evento.

Mbilinyi acrescentou que, os principais marcos alcançados desde o estabelecimento do Grupo de Trabalho de Colaboração e Cooperação da Pescaria do Atum, incluem o trabalho sobre a fusão dos acordos do Sudoeste do Oceano Índico com o acordo das pescarias da Comissão das Pescarias do Sudoeste do Oceano Índico (SWIOFC). Estes, constituiem parte dos processos técnicos e políticos em curso ao nível da região do Sudoeste do Oceano Índico na última década. O estabelecimento do grupo de trabalho tem sido um fórum fundamental para o fortalecimento de cooperação regional para garantir uma pesca sustentável.

Por seu turno, o Secretário Interino da Comissão das Pescarias do Sudoeste do Oceano Índico, Vasco Schmidt, reconheceu o esforço e dedicação que tëm sido empreendidos pelo Grupo de Trabalho no estabelecimento de acordos no contexto das pescas de pesca ao nível da região e que tais esforços resultam do apoio financeiro dos parceiros, tais como o projeto SWIOFish1 e WWF, respectivamente. Isso significa que, a região está avançando decisivamente para garantir a pesca regional sustentável maximizando os benefícios sociais e econômicos para os países e seus cidadãos.

Para o Representante da FAO em Moçambique, Olman Serrano, "parcerias dentro da região e com a comunidade internacional, poderiam contribuir para um futuro positivo da região do Sudoeste do Oceano Índico, com melhores oportunidades para melhorar as relações económicas e comerciais, tanto ao nível internacional assim como ao nível regional. Talvez a cooperação entre os países da região que correspondem às oportunidades existentes neste mundo globalizado e em mudança resulte na contribuição para melhores benefícios sociais e econômicos para as pessoas da região da SWIO".
Olman Serrano concluiu dizendo que "a FAO incentiva e continuará a apoiar os membros do SWIOFC no seu trabalho proactivo sobre a pesca de espécies migratórias ".

Em representação do Governo de Moçambique, o Secretário Permanente do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas de Moçambique, Narcy Di Premegy, disse que, "o principal objectivo de estabelecimento do Grupo de Trabalho sobre Colaboração e Cooperação para a Pescaria do Atum pela Comissão de Pescarias do Sudoeste do Oceano Índico, é permitir que, os países membros criem uma visão e estratégias comuns para a gestão sustentável dos recursos vivos marinhos, incluindo peixes e outras espécies altamente migratórias. A avaliação dos recursos pesqueiros é importante para fornecer uma base para uma pesca sustentável e para responder aos apelos nacionais, regionais e globais para uma melhor gestão dos recursos pesqueiros, disse.

A reunião foi organizada pela Comissáo das Pescarias do Sudoeste do Oceano Indico (SWIOFC), com o apoio técnico da FAO e apoio financeiro da Comissão do Oceano Índico (COI) através do programa SWIOFish1 financiado pelo Banco Mundial. Participaram na reunião de três dias, os delegados dos Países, nomeadamente, Comores, França, Kenya, Madagáscar, Maldivas, Maurícias, Moçambique, Seychelles, Somália, África do Sul e República Unida da Tanzânia.

O SWIOFC é um órgão estatutário da FAO, estabelecido nos termos do Artigo VI da Constituição da FAO, que visa promover o uso sustentável dos recursos marinhos vivos na região do Sudoeste do Oceano Índico. Isto é conseguido através da gestão e desenvolvimento adequados dos recursos marinhos vivos e dos acordos sobre as soluções para os problemas comuns enfrentados pelos membros da comissão no contexto da gestão e desenvolvimento das pescas.