FAO in Mozambique

Produtores desenvolvem tecnologias inovadoras para a produção de hortícolas

Foram avaliadas 73 candidaturas nas componentes de produção, processamento e conservação de hortícolas
14/09/2018

O Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Técnico e Profissional, em parceria com o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, realizou a entrega de prémios aos vencedores do Concurso Nacional de Inovação para o Desenvolvimento Comunitário, uma iniciativa que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Para a presente edição, a área eleita foi a agricultura, com principal enfoque para a horticultura, onde foram avaliadas 73 candidaturas nas componentes de produção, processamento e conservação de hortícolas.

Para o 1º lugar foi premiado o Instituto Agrário de Balama que desenvolveu uma semeadora manual de hortícolas feita por material reciclado, que constitui uma solução técnica de baixo custo e de fácil adaptação às condições das comunidades.

Vergina Simango, vencedora do 2º lugar do concurso, desenvolveu uma mistura de 14 componentes, dentre elas 11 espécies nativas, que serve como método alternativo para o combate de pragas e doenças em hortícolas.

Por último, foi premiada uma inovação produzida a partir da extracção de ácido pirolenhoso que serve para o controle de pragas e adubação, desenvolvida pelo extensionista dos Serviços Distritais de Actividades Económicas de Pebane, Djalmo Mafaite.

O Representante da FAO, Olman Serrano, frisou que através deste tipo de trabalho coordenado, Moçambique poderá fazer frente aos desafios de um sector agrário mais produtivo, sustentável, e adaptado às mudanças climáticas e, assegurou que a FAO irá continuar a colaborar com iniciativas similares que tragam cada vez mais soluções inovadoras para o desenvolvimento do sector agrário nacional.

Durante a cerimónia de entrega de prémios, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Jorge Olívio Penicela Nhambiu, destacou que "os saberes locais, quando transformados em conhecimento científico, podem contribuir para o desenvolvimento das comunidades e do país, e lançou um desafio ao sector privado e às instituições de ensino superior para o melhoramento destas e outras inovações para o desenvolvimento das comunidades.

Esta iniciativa contribui directamente para a operacionalização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2 e 13, nomeadamente: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição, promover a agricultura sustentável e tomar medidas urgentes para combater os efeitos das mudanças climáticas e seus impactos.