"Um novo caminho acabou de se abrir para todos nós", disse Á. Mathiesen

Terminou esta sexta-feira (14.11.) a visita de três dias do Assistente do Director-Geral para as Pescas e Aquacultura da FAO a Moçambique. Árni Mathiesen esteve em Maputo para assinar o Acordo de Acolhimento do Secretariado da Comissão de Pescas do Sudoeste do Oceano Índico (SWIOFC). Desde a sua criação em 2004, este órgão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) tinha a sua sede no Zimbabué, país não membro da Comissão, mas que alberga o Escritório Sub-regional para a África Austral da FAO. A transferência para Moçambique vem na sequência da proposta feita pelo Governo de Maputo de acolher o Secretariado.

Depois de assinar o Acordo na quarta-feira (12.11.), Mathiesen participou esta sexta-feira na cerimónia de inauguração do escritório provisório do Secretariado da SWIOFC numa Sessão Extraordinária da Comissão. No Museu das Pescas, inaugurado no âmbito da visita do Assistente do Director-Geral da FAO, pelo Ministro das Pescas, Víctor Manuel Borges, Mathiesen falou da importância do pescado como "importante fonte de proteínas e micronutrientes" para uma dieta alimentar saudável, sobretudo em países de baixa renda e déficit alimentar (LIFDC, na sigla em inglês). Mathiesen falava durante a sua apresentação sobre "Pescas e Aquacultura a nível global face à sua contribuição para os objectivos estratégicos da FAO, políticas nacionais e ligações com a agenda global dos Oceanos e da Blue Growth Initiative".

Em Moçambique, o pescado representa a primeira fonte de proteína animal da população. No país, questões de nutrição permanecem relevantes e Árni Mathiesen deixa Moçambique a poucos dias do início da II Conferência Internacional sobre Nutrição, que se realizará entre 19 e 21 de Novembro na sede da FAO, em Roma, Itália.

O Governo de Moçambique, com o apoio da FAO, tem vindo a montar um sistema de gestão das pescas, como bem público, visando assegurar a durabilidade deste importante recurso alimentar.