Agricultores durante as entrevistas

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) , deu início a metodologia de Auto-avaliação e Análise Holística da Resiliência Climática de Agricultores e Pastores (SHARP), aplicada aos produtores das províncias de Gaza, Sofala, Tete e Manica em Moçambique.

No âmbito do projecto "Fortalecimento das capacidades dos produtores agrários para gerir o impacto das mudanças climáticas para melhorar a segurança alimentar através da metodologia da Escola na Machamba do Camponês (EMC)" a metodologia SHARP visa dotar os formandos de ferramentas tecnológicas para compreender melhor as preocupações e interesses dos agricultores e pastores em relação à resiliência ao clima por meio de uma auto-avaliação participativa.

Durante a avaliação foram treinados 30 técnicos na metologia do SHARP a nível central e 73 técnicos a nível provincial e distrital, entre supervisores e extensionistas. No total foram recolhidos 384 questionários em 60 EMCs.

Após esta fase, segue-se o processo de implementação e disseminação do retorno aos beneficiários para que possam conhecer os riscos que correm e adoptar medidas de adaptação as mudanças climáticas mais adequadas a cada situação.

Projectado através de uma aplicação interactiva para tablet o SHARP foi desenvolvido para atender as necessidades das comunidades, pequenos agricultores e pastores de gado.

Entre muitas vantagens, o SHARP facilita a aprendizagem interativa, facilita o diálogo nas Escolas na Machamba do Camponês, programas integrados (curricula) nas EMCs durante as campanhas agrícolas e permite uma interacção imediata.

Este é um projecto financiado pelo GEF (Fundo Mundial do Ambiente) e tem como objectivo aumentar a capacidade dos sectores agrário e pastorício para fazer face às mudanças climáticas através de uma adopção cada vez maior, por parte dos produtores, de tecnologias e práticas de adaptação às mudanças climáticas numa rede de Escolas na Machamba do Camponês já establecidas.

Com base nos resultados do SHARP, os gestores e facilitadores devem se reunir a posterior com os criadores de gado e agricultores para discutir os resultados e potenciais acções que podem ser adaptadas nas EMCs.