FAO in Portugal

Caracterização da Agricultura Familiar na CPLP

18/12/2018

Lisboa - O Escritório da FAO em Portugal e junto da CPLP participou do seminário de apresentação do “Estudo de Caracterização da Agricultura Familiar na CPLP”, que decorreu nos dias 11 e 12 de dezembro na sede da CPLP, em Lisboa. Este esforço para caracterizar a agricultura familiar (AF) nos Estados-Membros da Comunidade segue recomendação das Diretrizes para a promoção da AF e da Carta de Lisboa ao priorizar o reconhecimento e a identificação dos agricultores familiares, visando a elaboração de políticas públicas adequadas para a promoção da AF.

 O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto de cooperação Sul-Sul trilateral Brasil-FAO “Intercâmbio de experiências e diálogos sobre políticas públicas para a agricultura familiar em África”. Os resultados serão apresentados em uma publicação conjunta entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) e a FAO, que deve ser lançada nos primeiros meses de 2019.

 Além dos representantes da Sead e ABC, que estão a coordenar o estudo, participaram também do evento representantes do Secretariado Executivo da CPLP, do Mecanismo da Sociedade Civil e das Universidades do CONSAN-CPLP, do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Portugal e alguns dos autores dos próprios estudos apresentados provenientes de Moçambique, Cabo Verde e Angola.

 Para melhor compreender as especificidades de cada país, o estudo foi realizado por especialistas nacionais em cada um dos países e, em grande parte, sua metodologia foi participativa e teve em conta a pluralidade de contextos, considerando ainda algumas categorias transversais, como soberania e segurança alimentar e nutricional; sistemas agroalimentares sustentáveis; organização e participação social; construção e gestão do conhecimento; políticas, programas e instrumentos; intersetorialidade; género e juventude.

 Foi um importante momento de discussão e partilha relativamente à importância da AF em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.