FAO em São Tomé e Príncipe

Fórum sobre Floresta e Inovação marcou a Celebração do Dia Internacional das Florestas

© FAO/Ody Mpouo

21/03/2024

São Tomé, 21 de março– A Ministra do Ambiente, Nilda da Mata, presidiu no Palácio dos Congressos, o ato central da celebração do Dia Internacional das Florestas, numa atividade que culminou com a realização de um fórum e uma exposição sobre o lema “Florestas e Inovação”.

A República Democrática de São Tomé e Príncipe pertence ao maciço florestal da Bacia do Congo, com cerca de 101.000 hectares de florestas. Está repartido em diversos domínios florístico-vegetacionais, dentre os quais: as savanas do norte com cerca de 4.000 ha de cobertura, as florestas de sombra com 32.000 ha, as florestas secundárias cobrindo uma área de cerca de 30.000 ha, a floresta primária de altitude com 28.000 há, e por fim, as associações agroflorestais que ocupam uma área de 8.000 ha. Todas estas áreas florestais ocupam cerca de 90% da superfície total do País.

O lema estabelecido para este ano, leva-nos a refletir que há necessidade de importação de novas soluções e novas tecnologias, se queremos gerir de forma sustentável os nossos recursos florestais, disse o Diretor das Florestas e da Biodiversidade, Adilson da Mata.

Graças à inovação e à tecnologia, os países têm agora maior capacidade para monitorizar e reportar sobre as suas florestas, e São Tomé e Príncipe é um exemplo desse modelo de inovação, no âmbito da sua participação na iniciativa global de restauração – TRI, disse Faustino de Oliveira, em Representação do Assistente ao Representante da FAO no país.

A desflorestação continua a ser sem dúvida, um problema ambiental que tem provocado grandes alterações no meio ambiente. Na realidade de São Tomé e Príncipe este fenómeno tem ocorrido fundamentalmente com o abate indiscriminado e ilegal de árvores tendo maior incidência nas espécies de valor comercial.

Estes atos não têm contribuído para a conciliação da conservação da Biodiversidade, a gestão dos recursos naturais e a luta contra a pobreza. Visto que contradizem os princípios de uso sustentável e racional dos espaços e recursos florestais do País.

O Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Abel Bom Jesus, que também participou na cerimónia, ao agradecer o apoio dado pela FAO e outros parceiros, no âmbito da proteção e restauração florestal, disse que proteger as florestas, é proteger a nossa vida agregando mais qualidade a mesma, e que o avanço tecnológico atualmente, será mais uma ferramenta a ser adicionada na difícil tarefa da preservação das florestas.

A comemoração desta data, visa garantir que as gerações futuras beneficiarão de múltiplos produtos e serviços que devemos a todos os tipos de florestas, defendendo para tal um incessante empenho na gestão sustentável das florestas em paralelo com um continuado esforço de conservação e ordenamento  dos espaços florestais naturais, disse a Ministra do Ambiente, Nilda da Mata.