Em janeiro, 368 municípios de oito Estados do Semiárido, como Paraíba, Pernambuco, Bahia, além do noroeste de Minas Gerais, apresentavam pelo menos 50% de suas áreas impactadas pela seca. Na ponta do lápis, são cerca de 23 milhões de hectares afetados, a maioria na região Nordeste, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)

Para combater os efeitos da falta de chuvas, especialistas do Cemaden e de Estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco acreditam na diversidade de iniciativas, como cisternas, sistemas de monitoramento para o alerta precoce de secas; grandes projetos de infraestrutura, como a transposição do rio São Francisco; e novas soluções tecnológicas, como dessalinizadores e filtros baseados em raios ultravioleta, que prometem tratar a água em locais críticos.

Baseados em dados da Confederação Nacional dos Municípios, os técnicos do Cemaden afirmam que a falta de chuvas no Nordeste atingiu 33,4 milhões de pessoas, entre 2010 e 2015. 

Números da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, na última safra de 2015/2016, apontam que 1.220 municípios receberam o seguro Garantia Safra, benefício para agricultores que tiveram prejuízos por motivo de seca ou excesso de chuvas. "Do total, cerca de 700 mil agricultores foram beneficiados por conta de perdas  associadas à estiagem”.