©FAO/Vinícius Santa Rosa

Acordos assinados buscam fortalecer a produção agrícola o desenvolvimento sociobioeconômico da Amazônia.

Durante visita oficial ao Brasil, o Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, participou da assinatura de três memorandos de entendimento e uma carta de intenções com o governo brasileiro para fortalecer políticas de combate à fome e erradicação da pobreza. A cerimônia aconteceu no Palácio do Itamaraty, em Brasília, e contou com a presença do Ministro de Relações Internacionais do Brasil e chanceler, Mauro Vieira, além de outros Ministros e autoridades brasileiras.

“O Brasil é um grande país não apenas pela sua gente, seus recursos, e sua cultura, também é grande pela sua paixão em fornecer comida de qualidade para sua gente e para o mundo. Seguiremos trabalhando juntos para garantir alimentação às pessoas, para acabar com a fome e erradicar a pobreza”, destacou o diretor-geral da FAO em seu discurso durante o ato de assinatura.

Qu Dongyu destacou que ao assumir a presidência do G20, o país tem uma excelente oportunidade de se posicionar globalmente como um agente chave para temas Amazônicos e de segurança alimentar. O diretor-geral lembrou também que em 2025 o Brasil irá assumir a presidência do BRICS e irá sediar a COP 30 em Belém.

O chanceler Mauro Vieira, disse durante a cerimônia que a visita do diretor-geral reforça a relação entre o Brasil e a FAO, uma relação antiga e importante que no contexto de liderança do Brasil no G20 e nos BRICS, será essencial para a implementação de atividades de combate à fome, uma prioridade do Governo Lula.

“O Brasil compartilha com a FAO valores fundamentais como a prioridade da eliminação da fome e da pobreza, e como interesses comuns compartilhamos o aumento da produtividade agrícola, a promoção da sociobioeconomia e o desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo”, destacou o chanceler.

Entre os temas de trabalho que serão fortalecidos a partir dos acordos firmados estão a promoção do desenvolvimento rural e agrícola por meio de inovações e tecnologias, a promoção do desenvolvimento inclusivo e sustentável na Amazônia Legal, o apoio às atividades de bioeconomia e de conservação da biodiversidade não apenas da Amazônia, mas também de outros biomas importantes para o país e para a região.

A FAO tem trabalhado junto aos países membros para transformar os sistemas agroalimentares para que sejam mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, em busca de melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e melhor qualidade de vida sem deixar ninguém para trás. Neste sentido, a expectativa é que a partir destas linhas de trabalho, seja possível fortalecer as políticas e ações de combate à fome e erradicação da pobreza não só no país, mas também na América Latina e no Caribe.

Entre os parceiros implementadores dos acordos estão o Sebrae, o Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

Os três acordos foram assinados por representantes de cada uma das instituições, entre eles o Ministro de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes e o Representante Regional da FAO para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin.

Cooperação Internacional

FAO e o Governo Brasileiro também trocaram cartas de intenção para a criação de um Centro de Cooperação Sul-Sul Trilateral Josué de Castro, que terá por objetivo promover intercâmbios de experiências e fortalecer, a nível global, a segurança alimentar e nutricional da população e sistemas agrícolas sustentáveis. 

O Centro também terá um papel fundamental no fomento da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para promoção da sustentabilidade na agricultura tropical, incluindo a cooperação entre pesquisadores para indicadores específicos que permitirão identificar desafios e oportunidades na garantia da segurança alimentar e produção de alimentos.