Desertos e pântanos alimentares na mira da Política Nacional de Abastecimento Alimentar
São considerados desertos alimentares lugares onde o acesso a alimentos in natura ou minimamente processados é difícil ou impossível. A Política Nacional de Abastecimento Alimentar (PNAAB) lançada por meio de um decreto do presidente Lula (PT), em dezembro, traz também o conceito de pântanos alimentares, locais onde predominam estabelecimentos que comercializam alimentos não saudáveis, como os ultraprocessados, com baixo custo e baixo valor nutricional.
Combater gargalos no abastecimento de alimentos saudáveis é a meta da PNAAB, lançada durante a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada nos últimos dias do ano. A assinatura deste e de mais dois decretos fortalece a perspectiva agroecológica para a promoção da alimentação saudável.
Para reverter desertos e pântanos alimentares, a PNAAB apoia-se em medidas socioeconômicas como, por exemplo, abastecimento descentralizado, popular e valorização do varejo de pequeno porte. Especialmente nos desertos e pântanos alimentares, se propõe a promover a formação de estoques públicos estratégicos, com prioridade à biodiversidade e aos alimentos básicos e de produção da agricultura familiar e ampliar a oferta de alimentos a preços acessíveis, por meio de iniciativas estruturantes e regulatórias que ajudem a enfrentar a volatilidade dos preços de alimentos.