Delegação belga visita programa da FAO e parceiros em Gaza
Representantes da Embaixada da Bélgica em Maputo e do Fundo Belga para a Segurança Alimentar (BFFS) visitaram duas Escolas na Machamba do Camponês (EMC), uma de agricultura e a outra de pecuária, bem como uma acção de vacinação de galinhas contra a doença de Newcastle numa deslocação que terminou esta sexta-feira (13.03.). As actividades visitadas incluem-se no Programa de Segurança Alimentar e Nutricional de cinco anos, que está a ser financiado pelo BFFS, implementado por cinco parceiros – a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Capital (UNCDF), o Programa Mundial para a Alimentação (PMA) e duas organizações não-governamentais belgas (FOS e DISOP) – e coordenado pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN). Com o programa, os parceiros pretendem promover a segurança alimentar e nutricional de agregados familiares vulneráveis em seis distritos da Província de Gaza.
O objectivo da viagem da delegação belga foi verificar o progresso da implementação do programa e participar na reunião anual dos parceiros. A visita aconteceu numa altura em que decorria a primeira campanha de vacinação de galinhas contra a doença de Newcastle e, assim, foram os parceiros que fizeram o lançamento oficial da campanha.
Carol Durieux, do BFFS, reconheceu, em nome da delegação, "a participação entusiástica da comunidade na acção de vacinação" e apelou aos membros das EMCs para que continuem a "participar nas actividades do programa e a tirar proveito delas no sentido de aumentar a segurança alimentar" das suas famílias.
No campo, os membros das EMCs apresentaram as actividades das escolas e a sua produção. Francisco Massingue, o Presidente da EMC da aldeia de Ndonga, Distrito de Guijá, disse que "desde que esta EMC foi criada, o grupo aprendeu muito com a partilha de experiências". Já na acção de vacinação, Massingue confirmou que "sem este apoio, a maioria das galinhas da comunidade não seria vacinada e a taxa de mortalidade devido à doença de Newcastle continuaria muito mais elevada".
No âmbito deste projecto foram já realizadas diversas formações dirigidas a técnicos dos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) e a camponeses como facilitadores de EMCs e facilitadores comunitários, respectivamente, e outras de reciclagem de técnicos distritais de pecuária e extensionistas responsáveis pela planificação e execução de campanhas de vacinação.