Sobre a FAO
Os nossos três objetivos principais são: erradicar a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição; erradicar a pobreza e fomentar o progresso económico e social para todos; bem como gerir e utilizar de forma sustentável os recursos naturais, incluindo a terra, a água, o ar, o clima e os recursos genéticos, em benefício das gerações presentes e futuras.
A FAO identificou as principais áreas em que está melhor posicionada para responder às demandas colocadas pelas tendências globais no desenvolvimento agrícola e aos desafios enfrentados pelos seus Estados membros. Após uma análise minuciosa das vantagens comparativas da Organização, foram estabelecidos os objetivos estratégicos, que representam as principais áreas de trabalho em que a FAO irá concentrar os seus esforços para alcançar a sua visão e objetivos globais.
Assim, os nossos objetivos estratégicos são:
O nosso desafio: hoje o mundo produz comida suficiente para alimentar adequadamente todos os seus habitantes, no entanto, apesar dos progressos realizados nas últimas duas décadas, 870 milhões de pessoas ainda sofrem de fome crónica. Entre as crianças, estima-se que 171 milhões de crianças menores de cinco anos sofram de desnutrição crónica (baixa estatura para a idade), quase 104 milhões tenham baixo peso para a idade e 55 milhões sofram de desnutrição aguda (baixo peso para a estatura). O nosso mandato é apoiar os membros nos seus esforços para assegurar que as pessoas tenham acesso regular a qualidade suficiente. Podemos ajudar, apoiando políticas e compromissos políticos que promovam a segurança alimentar e nutricional adequada e garantindo que a informação atualizada sobre os desafios e soluções para a fome e a desnutrição está disponível e acessível.
A população mundial deverá aumentar para 9 mil milhões de pessoas em 2050. Espera-se que algumas das mais altas taxas de crescimento populacional ocorram em áreas que dependem pesadamente no setor agrícola (agricultura, pecuária, silvicultura e pesca) e que têm altos níveis de insegurança alimentar. O crescimento no setor agrícola é uma das formas mais eficazes de reduzir a pobreza e alcançar a segurança alimentar.
Temos de garantir que o aumento da produtividade não beneficia só alguns, e que a base de recursos naturais proporcione serviços que melhorem a sustentabilidade (a polinização, o ciclo de nutrientes no solo, a qualidade da água, etc.).
A maioria dos pobres do mundo vive em áreas rurais. A fome e a insegurança alimentar são, acima de tudo, expressões da pobreza rural. Portanto, a redução da pobreza rural é essencial para a missão da FAO. Nas últimas décadas, foram retiradas muitas pessoas da pobreza nas áreas rurais. Em 1990, 54% dos habitantes das zonas rurais dos países em desenvolvimento viviam com menos de 1,25 dólares por dia e eram considerados muito pobre. Em 2010, a percentagem tinha caído para 35%. A pobreza rural continua a ser generalizada, especialmente no Sul da Ásia e em África. Estas regiões são também aquelas que fizeram menos progressos na melhoria da vida rural.
A FAO luta para ajudar os pequenos agricultores a melhorar a produtividade agrícola, enquanto também procura aumentar as oportunidades de emprego não-agrícola e encontrar melhores maneiras para as comunidades rurais gerirem os riscos ambientais.
Com a crescente globalização, a agricultura vai deixar de ser um setor independente e vai tornar-se parte de uma cadeia de valor. A cadeia de valor tem várias fases, desde a produção, ao processamento e à venda, e todos os elementos estão agora altamente concentrados, integrados e globalizados. Este é um grande desafio económico para os pequenos agricultores em muitos países em desenvolvimento, que podem ver-se excluídos de partes importantes da cadeia de valor.
Aumentar a sua participação nos sistemas alimentares e agrícolas é fundamental para alcançar o objetivo da FAO de um mundo sem fome.
Todos os anos, milhões de pessoas que dependem da produção, comercialização e consumo de culturas, da pecuária, da pesca, das florestas e de outros recursos naturais enfrentam catástrofes e crises. Estas podem acontecer repentinamente, como um terremoto ou um golpe de estado violento, ou decorrer lentamente, como os ciclos de cheias e secas. Pode ser um evento isolado, um evento pode provocar outro ou podem convergir e interagir vários eventos de uma só vez e gerar efeitos em cascata e magnificados. Estas situações de emergência ameaçam a produção de alimentos e o acesso aos mesmos a nível local, nacional e, por vezes, regional e mundial.
A missão da FAO consiste em ajudar os países a monitorizar, prevenir e mitigar os riscos e as crises e em apoiar na preparação e resposta a desastres.