Lisboa – A Câmara Municipal de Lisboa aprovou ontem, por unanimidade, o Plano Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar em resultado do trabalho que o Comissariado Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos meses e do qual o Escritório da FAO em Portugal faz parte.

O Comissariado, que conta neste momento com cerca de 70 membros, procura reunir os vários atores públicos, privados e da sociedade civil que atuam pelas mais diversas formas no combate ao desperdício alimentar.

Assim, decorreu hoje nos Paços do Concelho uma conferência de imprensa para a apresentação do Plano, por parte do Vereador dos Direitos Sociais, João Carlos Afonso, e do Vereador e Comissário Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar, João Gonçalves Pereira. Para além dos coordenadores e representantes dos cinco eixos de atuação do Plano: Graça Mariano (ASAE),  Górete Rocha (Comunidade Vida e Paz), Hunter Halder (Refood), Paula Policarpo (Dariacordar), a sessão contou também com a presença do Representante da FAO em Portugal e junto da CPLP, Hélder Muteia.

 O objetivo deste Plano municipal é:

• Alargar a rede a toda a Cidade de forma sustentável;
• Optimizar a recolha do desperdício alimentar produzido em Lisboa, nos diversos locais, em tempo útil;
• Alargar o âmbito da distribuição dos excedentes alimentares e a sua colocação nas famílias;
• Criar e manter uma rede de voluntariado capaz de garantir a cobertura da Cidade;
• Sensibilizar os diferentes stakeholders para o combate ao desperdício alimentar;
• Apoiar as organizações no cumprimento dos requisitos adequados à actividade de recolha, armazenamento e distribuição de bens alimentares para doação, em condições de qualidade, higiene e segurança.

Durante a sua intervenção, Hélder Muteia recordou a importância da partilha de boas práticas no combate a este problema global do desperdício alimentar. Referiu ainda que Portugal tem sido um bom exemplo no compromisso demonstrado e nas iniciativas implementadas, mencionando o Movimento Zero Desperdício da DariAcordar, o Refood e a Fruta Feia.

“O Plano Municipal de Lisboa tem a particularidade de conciliar o combate ao desperdício alimentar com a solução de um problema social – as carências alimentares por parte de algumas camadas mais vulneráveis da sociedade”.