Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO

Paraguai terá nova estação meteorológica para auxiliar na tomada de decisões no campo

O projeto de cooperação sul-sul trilateral +Algodão Paraguai apoia o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG) do Paraguai na instalação da estação, que fará parte de uma rede de estações, permitindo assim a obtenção de informações agroclimáticas mais precisas no país.

Assunção, 13 de janeiro de 2021 - Para apoiar técnicos, agricultores e agricultoras, especialmente produtores de algodão, na tomada de decisões no campo, com base na geração de dados agro climatológicos, o projeto +Algodão Paraguai apoia o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG) do Paraguai na instalação de uma Estação Meteorológica Automática (EMA) em San Joaquín, Departamento de Caaguazú. Essa estação vai beneficiar 401 produtores atendidos pelo MAG na região. 

A partir da articulação com a Unidade de Gestão de Riscos (UGR) do MAG, a nova estação permitirá a obtenção de importantes dados agroclimáticos para o planejamento da produção no campo: plantio, fertilização, colheita, entre outros. A estação irá registrar dados como temperatura, umidade, velocidade e direção do vento, pressão atmosférica e precipitação. 

O projeto +Algodão Paraguai é executado em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e o MAG para fortalecer o setor algodoeiro no país e contribuir, por meio do sistema algodão-alimentos para a superação da pobreza rural e para a segurança alimentar e nutricional. 

O município de San Joaquín, localizado a 250 km de Assunção é, historicamente, uma área de produção de algodão em propriedades de pequenos produtores, além disso, está localizado em uma das áreas do país com menor cobertura de estações meteorológicas. Os EMAs encontrados em Coronel Oviedo e Juan Manuel Frutos não são suficientes para fornecer informações agroclimáticas precisas para apoiar os agricultores na área de San Joaquín. 

Esta nova EMA fará parte da rede de estações da Direcção de Meteorologia e Hidrologia (DMH), instituição responsável pela gestão da rede nacional de estações meteorológicas oficiais. O DMH também é responsável por coletar e processar os dados deles, e promover estudos e o desenvolvimento e pesquisas de meteorologia e hidrologia em todo o território paraguaio. 

Atualmente, no Paraguai existem cerca de 103 EMAs ativas que, embora contribuam para a manutenção de um cadastro agroclimático, não são suficientes para cobrir todo o território nacional, deixando áreas sem dados precisos e que utilizam informações das estações mais próximas, o que não reflete totalmente a realidade agroclimática. 

Dados meteorológicos: essencial para o campo

Normalmente, os riscos de desastres na agricultura ocorrem devido às variações climáticas, ameaçando assim as pessoas, seus meios de subsistência e seu habitat. Por este motivo, é importante que as medições e observações específicas dos diferentes parâmetros meteorológicos sejam feitas com instrumentos adequados para estabelecer o comportamento atmosférico. 

A implantação de uma estação apresenta diversas vantagens como a obtenção de dados em tempo variável, maior confiabilidade em diversos dados meteorológicos, rapidez na execução de tarefas estatísticas que são utilizadas no planejamento do plantio de diversos cultivos agrícolas e florestais. 

Mais algodão na América Latina

Além do Paraguai, o projeto +Algodão é executado na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti e Peru com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do setor do algodão e da agricultura familiar latino-americana, a partir da construção de elementos que garantam a sustentabilidade da produção de algodão a partir de uma abordagem de sistema integrado. 

O projeto desenvolve uma série de ações como intercâmbio de boas práticas, promoção de inovações e tecnologias, geração de conhecimento, entre outras. Para isso, a iniciativa conta com a cooperação de instituições brasileiras reconhecidas por seus conhecimentos e experiências em pesquisa, políticas públicas, assistência técnica e extensão rural, inovações tecnológicas, comercialização e organização da cadeia de valor da agricultura familiar.