Lisboa – Na manhã do passado dia 11 de janeiro, mais de 80 atores do mundo rural fizeram parte da apresentação e aprovação do “Plano estratégico de extensão agrária” (2017-2026), em Pedra Badejo, Cabo Verde, organizado conjuntamente pelo Ministério cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente e pela FAO.

A abertura oficial da apresentação foi realizada pelo Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, que mostrou o seu apreço pela contribuição da FAO no processo de elaboração do plano mencionado. Gilberto Siva realçou também a importância da relação entre a extensão rural e a investigação agrária, enquadrada no plano nacional para a investigação agrícola, que foi recentemente aprovado e igualmente preparado com a assistência da FAO.

“Um dos principais objetivos do governo é a transformação de agricultura de subsistência em agricultura comercial. Neste contexto, a extensão agrária reveste uma importância particular pois contribuirá para a introdução de técnicas e estratégias necessárias a uma utilização melhorada dos recursos disponíveis. Tal será possível através da implementação de um sistema de extensão agrária bem estruturado e consolidado”, realçou o ministro. O mesmo acrescentou que os sectores produtivos devem ser rentáveis para as famílias, e que por isso é essencial adaptar a agricultura às alterações climáticas, tornando-a mais resiliente.

O Representante da FAO em Cabo Verde, Rémi Nono Womdim, acrescenta que “[a] extensão agrária é fundamental no apoio e orientação dos pequenos agricultores, na promoção do desenvolvimento, e na contribuição para a maior captação de jovens no sector agrícola”.

O Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, M. Carlos Alberto Silva, sublinhou ainda que a agricultura é a maior fonte de riqueza municipal e que pode oferecer diversas oportunidades de emprego, não obstante a produtividade deverá ser melhorada, daí a importância de investir na extensão agrária, de modo a que esta permita o desenvolvimento rural contínuo e a luta contra a pobreza.

A extensão agrária é definida como um processo educativo que visa ajudar as pessoas implicadas na produção agrícola, facilitar os seus esforços, progredir e encontrar soluções. Desempenha, portanto, um papel chave na ponte entre os agricultores e os centros de pesquisa, na contribuição ativa para a melhoria das condições e descoberta de desafios para novas investigações no domínio da produção agrícola.

http://www.fao.org/cabo-verde/actualites/detail-events/en/c/463049/