FAO in Mozambique

FAO, AMOMA e parceiros de cooperação discutem mecanismos para impulsionar a exportação de madeira nacional

Participantes durante a mesa redonda
31/08/2016

No âmbito do Programa de Apoio à Legislação, Governação e Comércio de Recursos Florestais da União Europeia e FAO (EU FAO FLEGT) , a Associação Moçambicana de Operadores da Madeira (AMOMA) em parceria com a Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane (FAEF-UEM) e a ONG Bosque y Comunidad (ByC) realizou esta quarta-feira a 3ª mesa redonda do projecto "Fortalecimento das capacidades dos principais intervenientes do mercado da madeira em Moçambique, em especial do sector privado, para a implementação do Plano de Acção FLEGT no país".


O evento contou com a participação de representantes de instituições do governo, membros da AMOMA e do CTA, académicos, sociedade civil e parceiros de cooperação que discutiram estratégias para garantir a competitividade e impulsionar a exportação da madeira processada de origem nacional.


Durante o evento, foram apresentadas como principais desafios para a viabilidade económica das concessões florestais, as taxas e sobre-taxas elevadas, , ilegalidades no processo de exportação, pouco controle das autoridades fiscais, défice de uma indústria qualificada e dificuldades na área de reflorestamento.


Segundo o Presidente da AMOMA, Jorge Chacate, "um dos grandes problemas que os operadores enfrentam tem haver com a falta de competitividade do produto madereiro moçambicano nos mercados regionais pois apesar de se reconhecer a alta qualidade da madeira moçambicana esta não tem espaço nos mercados regional e internacional por não ser competitiva".


Chacate afirmou ainda que "em resultado das medidas que foram tomadas nestes encontros para a implementação do projecto da FAO, alguns operadores de madeira das províncias de Cabo Delgado e Zambézia por exemplo, tem denunciado diariamente actos de exportação ilegal de madeira".


Segundo a Chefe do Departamento de Maneio Comunitário da Direcção Nacional de Florestas, Teresa Nube, para combater estas práticas, "a nível do governo, está em curso uma avaliação da governanção florestal que visa analisar como é feita a gestão dos recursos florestais no país. Esta avaliação é feita de forma participativa onde temos intervenientes como o sector privado, comunidades, media, ONG e o próprio sector de madeira, numa primeira fase nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia e posteriormente a nível nacional".


Esta foi a terceira de um total de quatro mesas redondas envolvendo representantes do governo e diversas organizações ligadas ao sector da madeira para a implementação do projecto EU FAO FLEGT que tem como principal objectivo fortalecer as capacidades dos operadores de madeira a nível nacional.