FAO in Mozambique

Agricultores e Pastores treinados em Análise Holística da Resiliência Climática

M. Hernandez da FAO Roma, com os formandos e alguns produtores.
23/09/2016

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) , realizou durante 5 dias uma formação na metodologia de Auto-avaliação e Análise Holística da Resiliência Climática de Agricultores e Pastores (SHARP), em Maputo, no âmbito do projecto "Fortalecimento das capacidades dos produtores agrários para gerir o impacto das mudanças climáticas para melhorar a segurança alimentar através da metodologia da Escola na Machamba do Camponês".

O SHARP visa dotar os formandos de ferramentas tecnológicas para compreender melhor as preocupações e interesses dos agricultores e pastores em relação à resiliência ao clima por meio de uma auto-avaliação participativa.

A formação foi destinada a mais de 20 técnicos provenientes das províncias de Gaza, Sofala, Tete e Manica e foi orientada por uma missão da sede da FAO constituída pela Coordenadora Especialista de SHARP, Maria Hernandez.

Hernandez afirmou que "este treinamento vai ajudar a identificar as áreas relevantes para avaliar a resilência pois a metodologia SHARP cobre os aspectos de produção ambientais, sociais e económicos que vão permitir avaliar o sistema de produção das zonas abrangidas".

A formação é feita através de uma aplicação prática para tablet com 52 perguntas feitas aos produtores para obtenção de dados para avaliar as suas capacidades de resilência em relação às mudanças climáticas.

Lúcia Caravela, uma das participantes do treinamento afirmou que "esta ferramenta vai facilitar a recolha de dados a nível dos distritos para que possam perceber os efeitos das mudanças climáticas".

Após esta formação, os técnicos irão fazer uso desta ferramenta tecnológica para colectar dados sobre a situação das mudanças climáticas nas suas províncias.

Este projecto financiado pelo GEF (Fundo Mundial do Ambiente) tem como objectivo aumentar a capacidade dos sectores agrário e pastorício para fazer face às mudanças climáticas através de uma adopção cada vez maior, por parte dos produtores, de tecnologias e práticas de adaptação às mudanças climáticas numa rede de Escolas na Machamba do Camponês já establecidas.