Peste Suína Africana
A peste suína africana (PSA) é uma doença viral grave que afeta porcos domésticos e selvagens e está presente em mais de 50 países da África, Europa e Ásia desde 2007, e acaba de ressurgir nas Américas.
Embora não represente um risco para a saúde humana, a PSA é atualmente a ameaça mais séria à suinocultura no continente e no mundo. Sua rápida disseminação, alta mortalidade e a falta de vacina, colocam em risco a subsistência de pequenos e grandes produtores e impactam o mercado de produtos suínos, pois causam graves perdas econômicas nas fazendas afetadas.
Primeiro caso nas Américas
O primeiro caso de surto de peste suína africana na região foi descoberto em porcos domésticos na República Dominicana em 28 de julho de 2021.
Este é o primeiro caso confirmado no Hemisfério Ocidental desde a década de 1980.
A doença já é encontrada em todos os continentes do mundo. Na África, Europa, Ásia e Pacífico, já afeta mais de 50 países, prejudicando sua segurança alimentar, meios de subsistência que dependem da cadeia de valor da suinocultura e biodiversidade, já que a doença impacta a vida selvagem.
Com sua alta taxa de mortalidade animal, a doença pode ter forte impacto na suinocultura, também no comércio nacional e internacional de seus produtos.
Medidas necessárias para enfrentar o surto nas Américas
Considerando o surto na República Dominicana, os países da região são fortemente encorajados a:
- Reforçar os controlos fronteiriços para impedir a circulação de suínos e produtos suínos.
- Aumentar o controle de pertences pessoais de viajantes que retornam da República Dominicana. Esses viajantes não devem ser autorizados a visitar fazendas ou florestas.
- Reforçar as medidas de biossegurança nas explorações suinícolas.
- Na hipótese de suspeita de um caso, todos os suínos de uma exploração devem ser cercados nos seus currais ou confinados a outras instalações onde seja possível isolá-los.
- A alimentação com sobras de alimentação devem ser desencorajadas.
- Aumentar a vigilância, especificamente a notificação e a testagem de suínos doentes ou mortos, incluindo suínos selvagens e livres.
- Fortalecer a conscientização e a comunicação de riscos sobre a peste suína africana para produtores, veterinários, caçadores, funcionários de abatedouros e outras partes interessadas na cadeia produtiva
10 coisas que você deve saber sobre o vírus da peste suína africana
- É uma doença mortal para os porcos.
- Não afeta os seres humanos.
- Não tem vacina.
- Não há tratamento.
- É transmitida pelo contato direto entre animais doentes e saudáveis.
- Pode causar morte súbita.
- Pode causar sinais de sangramento na pele e órgãos internos, febre e fraqueza.
- Os porcos também contraem a doença consumindo carne contaminada com o vírus.
- Secreções de animais doentes podem contaminar objetos, ferramentas, calçados, etc.
- Os seres humanos podem carregar a doença em seus calçados, objetos, etc.
Galeria de fotos
O que fazer se suspeitar de PSA
Comunique imediatamente quaisquer casos suspeitos ao seu veterinário ou aos Serviços Veterinários locais.
PSA pode se parecer com:
- Peste Suína Clássica (PSC)
- Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS)
- Erisipela
- Salmoneolose (e outras sepse bacteriana)
- Doença de Aujeszky (ou pseudo-raiva)
- Pasteurelose
- Envenenamento
- Dermatite e Nefropatia Suína (PDNS)
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Escritório Regional da FAO para a América Latina e o Caribe