Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO

Missão técnica internacional visita Vitória para conhecer a experiência capixaba em alimentação escolar e agricultura familiar

Participam representantes do Brasil, Costa Rica, Panamá, Jamaica, Suriname, Bahamas, El Salvador, Guatemala, Trinidade e Tobago, Granada, Guiana, São Vicente e Granadinas e Paraguai.

Foto: Karla Perez/FAO

Brasília, 12 de maio de 2017 – Representantes de treze países da América Latina e do Caribe estarão em Vitória,  de 16 a 18 de maio,  para conhecer a experiencia capixaba do Programa de Alimentação Escolar e das compras da agricultura familiar durante missão internacional de intercâmbio promovida pelo Programa de Cooperação entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o governo do Brasil.

Durante a visita representantes do Brasil, Costa Rica, Panamá, Jamaica, Suriname, Bahamas, El Salvador, Guatemala, Trinidade e Tobago, Granada, Guiana, São Vicente e Granadinas e Paraguai conhecerão escolas, centros de distribuição de alimentos, cooperativas de agricultores familiares e propriedades rurais, bem como participarão de reunião na Prefeitura Municipal de Vitória para conhecer as políticas públicas executadas pelo muninicípio na área de alimentação escolar.

Para o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic a missão vai contribuir para fortalecer os conhecimentos sobre a importância da alimentação escolar aliada à compra direta de produtos da agricultura familiar. Bojanic também sinalizou que o intercâmbio de experiência pode colaborar para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), assinados pelos países membros das Nações Unidas. “Antes tínhamos a meta de diminuir a fome e a pobreza, agora precisamos eliminar a insegurança alimentar, garantir sustentabilidade, resiliência e o bom uso dos recursos naturais e esse objetivo perpassa diversos setores da sociedade e da cadeia produtiva”, ressalta Bojanic.  

Esta é a primeira vez que o Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO visita o Espírito Santo para uma missao técnica internacional. “Esta visita técnica é uma estratégia importante para o empoderamento das capacidades humanas nacionais dos países e a ampliação da visão sobre este tema. O Programa Nacional de Alimentaçao Escolar (PNAE)  é uma referência para os outros países da região, por toda a sua estrutura organizativa e amplitude”, explica Najla Veloso, coordenadora regional do projeto.

Segundo Najla, os países têm procurado construir uma nova visão de programas de alimentação escolar, adotando o tema como política social sob o princípio do direito humano à alimentação adequada, que se implementa com a oferta de alimentos saudáveis e locais e com ações de educação alimentar e nutricional. 

A Prefeitura Municipal e a Secretaria Municipal de Educação de Vitória estão prestando todo o apoio à organização para que a missao técnica conheça as experiencias capixabas. 

Apoio ao fortalecimento da alimentação escolar na América Latina e Caribe

O projeto de fortalecimento de programas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe é executado, desde 2009, no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, por meio de uma parceria entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a FAO e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), com um enfoque no direito à alimentação adequada a partir do fortalecimento de políticas publicas de alimentação escolar. 

Atualmente, participam 13 países da região: Belize, Costa Rica, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.

O projeto foi desenhado a partir das experiências e lições aprendidas pelo Brasil em seus mais de 60 anos de execução do PNAE, programa que oferece, diariamente, alimentação a mais de 42 milhões de estudantes. 

Para contribuir no desenvolvimento de políticas públicas de alimentação escolar na região, este projeto regional de Cooperação Sul-Sul trabalha com uma série de ações, entre elas, o apoio técnico para melhoria da qualidade dos programas, assim como na institucionalização da política pública por meio de legislações sobre este tema.